A dívida maior do Partido dos ex-Trabalhadores não se mede apenas em reais, mais em muito mais, em valores que não podemos contabilizar. O medo venceu a esperança, e a traição enterrou o sonho brasileiro da felicidade em uma cova rasa, tão rasa quanto as promessas e as convicções de Lula.
Do outro lado da linha do tempo e da história, Roberto Jefferson, o deputado cassado, questiona: E nós no Brasil estamos vivendo só dessa especulação louca. Dessa taxa de juros escorchante e dessa política de agiotagem que tomou conta do Brasil. O PT, que ninguém esperava, aderiu a isso muito mais radicalmente do que o governo FHC. Os bancos ganharam muito mais com o PT, do que ganharam no passado. Às vezes fico pensando: se o Delúbio Soares fosse tesoureiro do PSDB e o Marcos Valério operador do PSDB, no governo Fernando Henrique, o PT já haveria incendiado o Brasil. Você imagina se isso é no governo do FHC! Se o Duda Mendonça confessa: "Eu fiz a campanha do Fernando Henrique e recebi o dinheiro do Serjão lá fora", o que o PT teria feito? Caiu a máscara".
O PT não poderia ter roubado de nós a crença em um país melhor, a esperança de um Brasil brasileiro, governado por um de seus mais autênticos filhos. O que se vê é que eles não sabem, não são capazes de administrar um partido, como poderiam administrar com altivez uma Nação? Na certa, contaram com as empresas de lixo, de transporte, para aumentar sua arrecadação. Agora, contam com as obras feitas sem licitação para aumentar o quinhão partidário e enfiar goela abaixo do brasileiro as inverdades de sua campanha, as promessas do ex-trabalhador Lula, o bom de bola. Que vergonha!
Na Justiça o dono do valerioduto, o carequinha Marcos Valério, cobra o PT por alguns milhões tomados emprestados e não pagos. Que desmoralização. Se o Partido dos Trabalhadores deve muitos milhões ao Marcos Valério, imagine aos cofres públicos, aos fundos de pensões, ao dinheiro do contribuinte, do trabalhador, do povo. Só nos rios das verbas destinadas à propaganda, aquelas que o chinesinho Gushiken adora, e a única coisa que o governo Lula sabe fazer, os números superam, e muito, aos do beiçola das privatizações. Em 2000 e 2001, durante o governo de FHC, as despesas chegaram a R$ 304,9 milhões. Em 2004, já no governo de Lula e de vários Valérios, foram gastos R$ 310,5 milhões. O governo Lula é isso aí mesmo, um governo marqueteiro. Nos seus primeiros três anos foram gastos R$ 703,1 milhões, contra R$ 467,1 milhões de FHC. Ou seja, 50% a mais.
Enquanto isso, o companheiro Lula, o cascateiro, toma mais uma com o meu, o seu; o nosso dinheiro. Daqui a pouco deve fazer uma pequena pausa para mais um discurso e, depois, mais uma viagem pelo estrangeiro. E a conta vai ficando cada vez maior, e será deixada em cima da mesa, quando todos saírem, um por um, bem de fininho. E nós é que vamos ter que pagar pelas cervejas da turma do Silvinho.
Petrônio Souza Gonçalves jornalista e escritor
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