Jogo da Imposição

Em resumo: os invasores não sabem mais o que fazer.

Uma coisa é invadir um povo sustentado pela brutalidade das armas de destruição em massa. Outra coisa bem diferente é liderar o povo conquistado.

O Império Romano perdurou por 985 anos. Respeitava a cultura e religião dos povos dominados, com exceção dos cristãos, duramente perseguidos.

Os donos do mundo praticam o jogo da imposição. Procuram exercer o domínio pela força, tortura, ignorância. Saqueiam os bens dos inimigos. Destroem suas casas, cidades, tradições, histórias.

Não compreendem que o mundo moderno não aceita mais ser subjugado. Aconteceu na guerra da Coréia, na guerra do Vietnam e deverá se repetir no Afeganistão e Iraque.

Não existe dinheiro capaz de comprar a integridade moral de boa parte das pessoas. Isto é ainda um bom sinal.

É fácil perceber que as pessoas lutam por suas liberdades. E por este princípio de dignidade humana, se auto-imolam explodindo junto com suas bombas.

Um cidadão norte-americano está longe de cometer este tipo de loucura. Aprendeu a trocar tudo por dinheiro, inclusive sua autonomia.

Os reagentes lutam pela liberdade invadida. Os invasores começam a manifestar sinais de cansaço. Não conseguem avançar, Não conseguem resultados importantes.

O Afeganistão regrediu com a força multinacional. Vive uma democracia falsa, imposta, distante dos interesses do povo. A situação atual é pior que na época dos talibans. Precisam manter o país destroçado para tentar resistir às forças reagentes.

O Iraque é bem pior que o tempo do Sadam. As eleições impostas não passam de um jogo de cena para justificar o crime cometido pelos poderosos. O povo vive sem esperança, sem futuro, sem perspectiva.

O dia feliz só vai se realizar no momento que as forças invasoras perceberem que estão sobrando. Conclusão: o futuro é incerto.

Enquanto isso, Bush enfrenta calafrios. Foi obrigado a se proteger no bunker construído embaixo da Casa Branca, sob a suspeita de invasão do seu espaço aéreo.

Os norte-americanos vivem intranqüilos. Suspeitam de tudo e todos. O medo é terrível. O negócio de tranqüilizantes, de qualquer tipo, está em alta.

Quem são os escravos contemporâneos?

Sem dúvida, são as civilizações que vivem com medo da falsa cultura do terror. Muitos povos construíam seus mitos, lendas, dragões perante o sobressalto dos inimigos. O pior é quando tudo não passa de uma grande paranóia.

Por mais paradoxo que seja, o feitiço virou contra o feiticeiro.

A humanidade está aprendendo a viver. O excesso é parte do aprendizado. A burrice também. Muitos só aprendem batendo a própria cabeça contra a parede.

A estratégia do terror favorece a indústria bélica. O segmento está em pleno crescimento. Os poderosos gastam o que tem e o que não tem com sistemas de defesa, continuamente falhos.

Os ameaçados sabem de cor e salteado que precisam dominar a energia nuclear. Será que os poderosos permitem outra saída?

Toda imposição é contraproducente.

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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