Com ações, felizmente nada parecidas com as do governo Lula, anuncia os nomes dos ministros que integrarão seu gabinete, deixando bem claro, mais uma vez, que não está disposto a negociar com setores políticos e muito menos com representantes de grupos econômicos que apostaram suas fichas em outros candidatos.
Dos 13 ministros designados, cinco são antigos colaboradores e homens de confiança do novo presidente, quatro ocupam cargos no governo do presidente Eduardo Duhalde e quatro são políticos independentes, considerados novos aliados pelo futuro presidente argentino.
Não foram convocados empresários como fizeram Carlos Menen e Fernando de la Rua), nem integrantes de partidos que prometem liderar uma dura oposição nos próximos anos. Kirchner declarou: “Este gabinete não foi armado numa chácara.”Em referencia aos acordos de cúpulas do passado, pensa Janaina Figueiredo; mas bem poderia ser também referente a Granja do Torto, em Brasília.
O chefe de gabinete Alberto Fernandes declara: “O que precisamos para governar é o apoio do povo”.
O problema que Kirchner deve enfrentar em um futuro próximo, tem como base a última declaração relativa ao indulto dado por Duhalde ao ex-lider guerrilheiro Enrique Gorviaran Merlo e ao ex-militar cara pintada Mohamed Ali Seineldin, Ambos haviam sido condenados pela Justiça a prisão perpétua.
“Não concordo e não compartilho idéias que favorecem a impunidade. É uma decisão adotada por Duhalde. Muitas vezes estamos de acordo. Às vezes, não!” Declarou Kirchner. Mas, só a decisão de não negociar com grupos políticos (como Lula), vendendo cargos e posições e não cedendo a grupos econômicos, a esperança que tenho se justifica!
Armando COSTA ROCHA PRAVDA.Ru BRASIL
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