Parabéns à Rússia, França e Alemanha

A atitude de cada um deles mostra a supremacia dos homens que sabem governar. É, portanto, motivo de orgulho para seus países.

Vejo o posicionamento deles diante da guerra anglo-americana contra o Iraque, como um exemplo a ser seguido pelos demais governantes, porém, enquanto eles se mantém seguros ao declarar em público que a dupla Bush/Blair violaram os princípios das Nações Unidas e que devem parar esta guerra imediatamente, os demais, exceto uma minoria, se mantém neutros ou se juntam a eles, temendo represálias. (o que é fato, afinal, já ameaçou o "Pit BuLLsh": Quem não estiver conosco, estará contra nós.)

Acredito que, se não houver uma atitude semelhante ao do governo russo, que se faz respeitar como soberano de seu país, a dissolução da ONU não tardará a acontecer e prevalecerá a autocracia dos USA (United State of Autocracy) & UK (United Keeper).

Seria mais conveniente pensar e agir enquanto é tempo antes que, a omissão venha a fortalecer significativamente esses poderosos bélicos, no sentido iminente de destituí-los desse altar no qual se endeusaram. Se isto não acontecer, o domínio e a prepotência crescerão e quem falará mais alto será sempre eles. Pois, o silêncio de cada um significará o aval para interferir e comandar qualquer nação e quando lhes convier, tirando-nos de uma vez por todas, a liberdade, o livre arbítrio da soberania em nossos próprios territórios.

Qual deveria ser o papel dos dirigentes da ONU neste momento? Com certeza não deveria ser o de se propor a assumir o governo do Iraque, pois esta atitude nada mais é que estar cedendo às ordens americanas ou, na pior das hipóteses, estar sendo conivente com eles, uma vez que abre mão de seu significado internacional. Tenho a convicção de que o mundo está se rebaixando às leis impostas por esta dupla e que os demais integrantes da ONU não encontram outra alternativa senão acatá-los. Não percebem que, se não houver ação dura, estarão todos endossando um atestado, que de fato eles podem tudo, pois a palavra final é sempre deles. Haja vista, que mesmo violando as leis das Nações Unidas, ninguém os enfrenta e a cada dia cresce, em número e grau, seus passionais subordinados que lhes dão o título de propriedade intitulando-os: "OS DONOS DO MUNDO".

O que nos coloca oficialmente, na escala da subserviência. Eles fazem pouco caso das leis das Nações Unidas e das manifestações populares em todo o mundo e nada é feito contra eles. Eles devem responder por crime contra a humanidade, entretanto, seguros de sua superioridade estas leis não os atingem, pois se superam, até porque, a covardia e a conivência de interesses de muitos governantes os fazem sentir-se superiores. Eles mesmos os colocam lá, no pedestal, impunes, ditando as regras e as próprias leis.

Excede os limites da aceitação ver que as manifestações pela paz em todo o mundo são ignoradas, e os representantes destes povos, inertes, esperam que alguém, mais poderoso que eles, digam NÃO e quem sabe dêem o primeiro passo para que comecem a reagir. Enquanto isto não acontece, cruzam os braços e aguardam impotentes.

Agora eu pergunto:

Quem insemina o terror? As tragédias que vimos pelo mundo nada mais são que os efeitos, pois as causas foram e ainda são muitas.

Quem se atreve a exigir desses governos que deixem seus mandatos e abandonem seus países?

Quem é tão ousado quanto eles para exigir uma investigação em seus países ou bisbilhotar nos territórios dos quais se apossaram, a procura de arsenal atômico? Quem?

Quem ousa lhes dizer: NÃO!? Com certeza, só aquele que se fará respeitar.

Quem será capaz de tirar os dardos de suas mãos e os deterem para nos safarmos de seu próximo alvo? Quem?

Não serei eu. Um ser humano que nasceu mulher, e que apesar de enfrentar uma batalha diária ao longo dos anos, as únicas armas que possuo são minhas próprias garras, que as uso para sobreviver.

Fala-se na reconstrução do Iraque no pós-guerra. Isto é menosprezar o orgulho e a dignidade de um povo. Quem poderá reconstruir vidas, resgatar famílias inteiras, "formatar" da memória das crianças os horrores da guerra? Quem substituirá seus pais? Quem lhes dará colo e o carinho que necessitam? Quem doará seus orgãos aos corpos inválidos, amor, aos espíritos mutilados, vida, aos moribundos sem identidade que perambulam alheios por entre ruinas? Quem?

Àqueles que se pressupõem austéros, que saiam de suas poltronas e mostrem a sua coragem, já que a diplomacia em busca da paz não tem sido suficiente. Que iniciem então, uma coalisão internacional no sentido de incentivar e conscientizar, cada país subalternos, a impor sua soberania, através de atitudes. Se não dermos um passo a frente para detê-los, seremos todos considerados "resto" e espectadores da própria submissão e desgraça.

Graça

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Author`s name Pravda.Ru Jornal
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