A 'americanização' do Clube Atlético Mineiro

Não há por que entoar o nosso Hino, há o que lamentar o nosso Hino, pois há muito não somos capazes de honrar nossas bandeiras, nossa identidade. A Nação atleticana, a grande nação sem pátria, vai aos poucos se tornando uma nação de párias, de envergonhados, de exilados das grandes alegrias do futebol, da festa da nossa brasilidade.

O Clube Atlético Mineiro, o Glorioso, tem hoje uma torcida de primeira, um time de segunda, e uma diretoria de terceira. Estão nos empurrando para um abismo do obscurantismo, da negligência, da leniência, da falta de amor e de tudo aquilo que nunca constou em nossos ideais, em nossas bandeiras, em nossos corações.

Nós não merecemos seguir neste caminho que só nos direcionou ao abismo das nossas tradições. Nós não somos uma nação de perdedores, de derrotados. Estamos sendo derrotados por nossos diretores, os nossos verdadeiros detratores, homens que preferem os caminhos tortos, os caminhos que nos levam ao submundo de nossa história.

Rifaram o time do Galo, lotearam nossa alegria, entregaram aos rufiões da massa, todas as nossas esperanças. O Atlético é hoje um campo verde para os leilões, para as negociatas, onde muitos ganham muito por muito pouco. Nós não merecíamos isso. O nosso amor é natural, devocional, de entrega. Talvez por isso, fomos e estamos sendo diariamente traídos, roubados em nossa fé, em nossa crença.

E como acontece em todas as traições, pelos menos três pessoas são enganadas.


Petrônio Souza Gonçalves

jornalista e escritor


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