Pistoleiros atacam aldeia na Terra Indígena Capoto Jarina

Pistoleiros atacam aldeia na Terra Indígena Capoto Jarina, território do cacique Raoni

Disparos foram feitos contra barreira sanitária construída pelos indígenas para manter o isolamento social. Kayapó temem novos ataques

 

Na noite de ontem (24), dois invasores armados entraram na Terra Indígena Capoto Jarina (MT), após destruírem e dispararem ao menos 29 tiros sobre a barreira sanitária construída pelos indígenas na entrada do território. De carro, eles passaram pela aldeia Piaraçu e seguiram para o município de São José do Xingu. Ninguém ficou ferido, mas os Kayapó temem novos ataques.

As lideranças da aldeia acionaram a polícia, que foi até o local na mesma noite. Um Boletim de Ocorrência foi registrado e os suspeitos estão sendo investigados. Com medo de represálias, os indígenas vão manter distância do que restou da barreira, feita para manter o isolamento das comunidades e protegê-las da Covid-19.

Em nota, o Instituto Raoni, que representa os Kayapó, repudiou o ataque: "Em meio ao caos imposto pela pandemia da Covid-19, atentados e ameaças a integridade física dos territórios e povos indígenas são episódios frequentes em nosso país. O Instituto Raoni repudia toda e qualquer manifestação de violência, desrespeito e intolerância contra os indígenas e exige uma resposta das autoridades em relação a esse ataque", diz o texto. [Leia na íntegra]

A Terra Indígena Capoto Jarina, morada do cacique Raoni, já contabiliza duas mortes e 114 casos de Covid-19, segundo o DSEI Kayapó do Mato Grosso. A barreira sanitária, construída em março, busca evitar a circulação de pessoas dentro do território, que é cortado pela MT-322.

Covid-19

Terra Indígena Capoto Jarina

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MT-322

ISA

 

 

 

 

 

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