Nas voltas do carrossel, perder o medo mundo
Clóvis Campêlo
Entrar nesse desafio,
enfrentar cobra criada,
curtir da navalha o fio,
domar verso em disparada;
sentir frio na espinha,
adrenalina profunda,
e feito galo na rinha
sentir que o sangue inunda
o rosto frio do poeta.
Colocar ponto na rima,
numa abordagem completa;
nessa mudança de clima,
subir do inferno ao céu,
viver tudo num segundo,
nas voltas do carrossel
perder o medo do mundo.
Recife, 2008
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