Comunidade libanesa protesta em São Paulo

Após manifestações contrárias nas redes sociais ao programa veiculado no Fantástico, no último dia 29 de junho, e carta de repúdio da Embaixada do Líbano, libaneses e descendentes agora vão as ruas condenar ataques da emissora da família Marinho.

Comunidade libanesa protesta em frente à sede da Rede Globo de Televisão em São Paulo

Fonte: Oriente Mídia

http://www.orientemidia.org

Membros da comunidade árabe e libanesa de São Paulo realizaram, nesta quarta-feira (09), um ato em frente à sede da Rede Globo de Televisão, na Zona Sul da capital paulista, para protestar contra a veiculação de uma matéria considerada ofensiva no programa Fantástico do último dia 29 de junho.

Com bandeiras do Brasil, do Líbano e da Palestina, e vestindo camisas que reforçavam os laços de amizade entre o Líbano e o Brasil, além de grupo de Dabke (dança típica árabe), os manifestantes tentaram falar com um representante da Rede Globo, que se negou a receber os participantes do pacífico protesto. O ato contou também com grande presença de mulheres da comunidade libanesa que expressaram seu repúdio a matéria da Rede Globo, ao mesmo tempo que reforçaram o orgulho de suas origens e do Líbano. "A Rede Globo foi mentirosa e sensacionalisa. É um absurdo a generalização em relação ao assunto", declarou a esteticista Iman Nour.

Para a jovem brasileira de origem libanesa, os protestos são de "extrema importância", uma vez que a comunidade libanesa, em geral, se sentiu humilhada, caluniada e desrespeitada. "Queremos que a Rede Globo peça desculpas e faça um novo programa com mostrando a verdade sobre a mulher libanesa, que goza de todos os direitos, pois ja vivemos numa sociedade preconceituosa e cheias de pessoas mal informadas", enfatizou Iman.

Histórico

No último dia 29 de junho, o programa Fantástcio da Rede Globo de Televisão veiculou matéria - com grande destaque e em horário nobre -, em que difamou os libaneses ao retratá-los de forma distorcida como uma sociedade que oprime e escraviza as mulheres.

Na ocasião, o repórter Rodrigo Alvarez - que mora em Israel e atua como correspondente da Rede Globo naquela região e que possui também o hábito de fazer matérias em que procura justificar a matança de crianças palestinas, em especial, na Faixa de Gaza, por parte do governo israelense - , usou e abusou de termos perjorativos (bárbaros, medievais) para difamar a sociedade libanesa. Ele aproveitou o depoimento de algumas mulheres que foram infelizes em seus casamentos (algo comum em todas as sociedades do mundo) para convencer a opinião pública brasileira de que as mulheres no Líbano são propriedades do homem, são queimadas vivas, estupradas e que não possuem nenhum direito, apesar da mulher libanesa ter sido uma das primeiras da região a votar, a dirigir carro, a comandar empresas e ter todos os seus direitos garantidos pela Constituição Libanesa.

Em nenhum momento, o repórter se preocupou em mostrar casos felizes e de sucesso de mulheres libanesas. Alvarez também ignorou que a mulher libanesa possui vários direitos, está presente em vários campos da sociedade e tem um papel de protagonista na luta pela dignidade da mulher no Oriente Médio.

Reação

A matéria ofensiva causou uma reação imediata da comunidade libanesa no Brasil que por meio das redes sociais expressaram repúdio á matéria da Rede Globo de Televisão.

Os ataques da emissora forçaram também o Consulado-Geral do Líbano em São Paulo e a Embaixada do Líbano, em Brasília, a emitirem notas de repúdio e a pedirem direito de resposta e retratação, pedidos que até agora não foram atendidos pela Rede Globo de Televisão, revelando o caráter anti democrático e a atitude agressiva da emissora da família Marinho em relação ao povo libanês, seus descendentes no Brasil e ao próprio Líbano.

Assista no youtube:

 

Oração em frente a portaria da Globo

http://www.youtube.com/watch?v=mT-p1YpZRs4&feature=youtube_gdata

 

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