Entre 6 e 10 de outubro, o Centro Universitário Maria Antonia apresenta 1968 Vou Ver, uma programação de eventos que relembram e avaliam os acontecimentos político-culturais de 1968, incluindo mesas de debates, exposição de fotografias, mostra de filmes e lançamento de livros.
Reflexões sobre outubro de 1968 no Maria Antonia
www.usp.br/mariantonia
Entre 6 e 10 de outubro, o Centro Universitário Maria Antonia apresenta 1968 Vou Ver, uma programação de eventos que relembram e avaliam os acontecimentos político-culturais de 1968, incluindo mesas de debates, exposição de fotografias, mostra de filmes e lançamento de livros.
Em 1968, as imediações da rua Maria Antonia eram uma espécie de Quartier Latin: além da circulação de estudantes, a região era um ponto de encontro, com grande animação cultural e onde discutia-se os rumos políticos do país. Os ventos de questionamento e mudanças nos costumes que varriam diversas grandes cidades do mundo conviviam, no Brasil, com o endurecimento da censura e da repressão política por parte do governo militar, gerando em contrapartida uma cada vez mais intensa mobilização dos setores mais politizados e progressistas. É a época da canção de protesto, da montagem de peças como Roda Viva e Mãe Coragem, dos Tropicalistas, da contracultura como forma de reação às repressões políticas e à sociedade de consumo, do cinema de Glauber Rocha e Jean-Luc Godard.
Nesse contexto, em outubro de 1968, a rua Maria Antonia foi palco de graves conflitos entre estudantes da Faculdade de Filosofia da USP e da Universidade Presbiteriana Mackenzie, cujas sedes eram vizinhas. Entre as conseqüências da chamada batalha da Maria Antonia contam-se a violenta repressão policial, a invasão e depredação dos edifícios da USP e a morte de um estudante.
Para discutir, depois de 40 anos, o legado cultural desse ano emblemático, o Maria Antonia promove uma série de atividades com o intuito de pensar o ambiente político-cultural da época e suas repercussões ainda hoje.
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