A Igreja Católica publicou a lista de novos pecados mortais. Eram 7 mas a Igreja adicionou mais quatro: a manipulação genética, o consumo de drogas, a poluição ou a desigualdade social. A relação foi mencionada pelo arcebispo Gianfranco Girotti numa entrevista ao jornal oficial L'Osservatore Romano, publicação oficial da Cidade do Vaticano.
Esses novos pecados, de acordo com o arcebispo, são conseqüência do "inevitável processo de globalização. Girotti é o segundo homem na linha de comando do dicastério que tem sob sua responsabilidade, entre outras atribuições, a absolvição dos pecados cometidos na Santa Sé.
Para o padre e teólogo José Oscar Beozzo, do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização Popular (Cesep), é importante que a Igreja esteja chamando a atenção para "novos tipos de responsabilidade". Beozzo viu com bons olhos a menção à ecologia, embora tenha citado um outro aspecto ligado à poluição, o trânsito, "que mata como uma guerra no Brasil", como um mal social.
Quanto à desigualdade, Beozzo diz ser importante que seja mantida como preocupação da Igreja, por ser o "pecado estrutural mais profundo nas nossas sociedades, particularmente na América Latina". Já sobre a manipulação genética, fez uma ressalva, defendendo a atividade científica e dizendo que "um cantinho" dessa atividade de pesquisa é efetivamente manipulação, sendo ruim colocar "tudo num pacote só".
Girotti disse também que, entre os pecados mais graves, ainda estão o aborto, prática que a Igreja condena em quaisquer circunstâncias, e a pedofilia, crime que rendeu escândalos e diversas derrotas na Justiça norte-americana para a Igreja Católica.
Em julho do ano passado, a Diocese de Los Angeles foi condenada a pagar US$ 660 milhões em indenizações a pessoas que se disseram vítimas de abusos cometidos por padres.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter