O motorista Rosinei Ferrari, 28 anos, que conduzia a carreta no momento do segundo acidente na estrada BR 282 no oeste de Santa Catarina, no dia 9 de outubro, atingiu a velocidade de 102 km/h, segundo um laudo pericial realizado nos destroços da carreta.
Além disso, de acordo com Terra, o documento atestou que os tambores de freio estavam sem ar, o que fez com que o motorista não conseguisse frear a tempo. Ao todo, 27 pessoas morreram e 90 ficaram feridas no acidente, que é o segundo maior registrado nas rodovias catarinenses.
O delegado Rudinei Charão, da cidade de Descanso, informou que está analisando o resultado oficial da perícia para encaminhar o inquérito à Justiça até o final desta semana. Ferrari deve ser indiciado por homicídio doloso devido a algumas contradições que existiriam entre seus depoimentos e o resultado da perícia, que não foi divulgada na íntegra. Ele investiga se a falha nos freios foi repentina ou se foi resultado de falta de manutenção na carreta.
Os problemas no tambor e a carga, aliados ao fato da carreta estar numa descida, teriam feito com que não fosse possível frear antes de colidir com viaturas de resgate, matando bombeiros, jornalistas e curiosos.
Na semana passada, Charão esteve em Cascavel, no Paraná, onde coletou depoimentos dos mecânicos responsáveis pela revisão da carreta e dos empresários da Turatto & Turatto, transportadora onde Ferrari trabalhava.
O motorista continua internado num hospital da cidade de Maravilha, sem previsão de alta e sob escolta da Polícia Militar. Sua família só pode visitá-lo às quartas-feiras, dia de visita estipulado na cadeia local. O quadro clínico do motorista piorou: os médicos constataram a existência de uma infecção na perna esquerda.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter