Equilíbrios e assimetrias na distribuição da população e do PIB

Foi divulgado hoje o estudo do vice-presidente do Conselho, Júlio Miragaya, sobre a distribuição da população e do PIB nas 15 principais regiões metropolitanas brasileiras.

De acordo com a pesquisa de Júlio Miragaya, que também é presidente do Instituto Brasiliense de Estudos da Economia Regional (Ibrase), as 15 maiores metrópoles brasileiras respondiam, em 2012, por pouco mais de 50% do PIB nacional. Quase 63% do PIB metropolitano situava-se nos núcleos das metrópoles e pouco mais de 37% em suas periferias. A distribuição, contudo, apresenta notáveis diferenças. Na Área Metropolitana de Brasília, a participação da periferia metropolitana foi de apenas 5,5% do PIB metropolitano em 2012.

Serviço

Coletiva de imprensa do Conselho Federal de Economia

Data: 16 de abril, quinta-feira.

Horário: 14h30.

Local: Espaço do Economista - SCS Quadra 01 Ed. Antônio Venâncio da Silva, salas de 301 a 306.

Conselho Federal de Economia - Cofecon Comissão de Desenvolvimento Regional Instituto Brasiliense de Estudos da Economia Regional - IBRASE

Equilíbrios e assimetrias na distribuição da população e do PIB entre núcleo e periferia nas 15 principais regiões metropolitanas brasileiras

Ao longo da segunda metade do século XX, o Brasil transformou-se de país rural em país essencialmente urbano. De pouco mais de 45% da população residindo em áreas urbanas em 1960, saltou-se para uma taxa de urbanização atual de 85%. Mais expressivo ainda foi o processo de expansão das regiões metropolitanas no país.

Em 1970, há pouco mais de 40 anos, apenas as regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro superavam o patamar de 2 milhões de habitantes. Atualmente, são 13 metrópoles, com outras duas próximas de superar tal marca, abrangendo as 15 metrópoles, em seu conjunto, mais de 75 milhões de habitantes, cerca de 37% da população total do país.

Concomitantemente ao processo de expansão populacional, nossas metrópoles experimentaram um notável processo de transformação de suas estruturas produtivas. Até o início da década de 1970, com a exceção de São Paulo, em todas as demais regiões metropolitanas, a atividade industrial estava praticamente circunscrita ao núcleo metropolitano, sendo os municípios da periferia meras cidades dormitório. Ao longo das últimas quatro décadas, contudo, houve um expressivo espraiamento das atividades industriais (e, posteriormente, terciárias) para os municípios das periferias metropolitanas.

Tal fenômeno, entretanto, não foi generalizado, com algumas periferias metropolitanas mantendo-se ainda na condição de cidades dormitório. Este é o caso, por exemplo, de Brasília, mas também de Manaus e, em menor escala, de Belém e de Fortaleza. Esta condição se expressa numa incipiente e empobrecida estrutura econômica nesses municípios, resultando num reduzido PIB per capita e, consequentemente, em indicadores sociais sofríveis. O estudo procura demonstrar como se dá a distribuição populacional e a produção de riqueza nas principais metrópoles brasileiras entre núcleo e periferia, em alguns casos revelando um notável equilíbrio e, em outros, enormes assimetrias. Observa-se que na maior parte dos casos ainda há uma maior concentração da população no núcleo da metrópole. Mas nos casos de Porto Alegre (65,3%), Belo Horizonte (52,1%), Recife (60,0%), Campinas (62,2%), Santos (75,6%) e Vitória (82,7%), a população nas periferias superaram as dos núcleos.

As 15 maiores metrópoles brasileiras, onde em 2014 residiam 37,3% da população do país, respondiam em 2012 por pouco mais de 50% do PIB nacional. Quase 63% do PIB metropolitano situava-se nos núcleos das metrópoles e pouco mais de 37% em suas periferias. A distribuição, contudo, apresenta notáveis diferenças. Na Área Metropolitana de Brasília, a participação da periferia metropolitana foi de apenas 5,5% do PIB metropolitano em 2012.

 

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