CONGRESSO DOS EUA CRITICA FALTA DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO NA RÚSSIA

O Congresso dos Estados Unidos tomou outra decisão a respeito da liberdade de expressão e de imprensa na Rússia. Funcionários norte-americanos querem exigir da administração russa uma maior liberdade aos meios de comunicação russos.

Esta provocação anti-russa no Congresso dos EUA foi iniciada pelo congressista republicano Thaddeus McCotter. O funcionário se referiu ao informe do ano passado feito pelo Departamento de Estado (Ministério do Exterior dos EUA) e disse que a pressão feita pelo governo russo supostamente infringe as liberdades dos meios russos. Além disso, o funcionário norte-americano concluiu, com base no documento mencionado, que a supressão da liberdade de expressão resulta em intimidação e crimes impunes cometidos contra jornalistas, incluindo assassinatos. O funcionário deu como exemplo a morte do jornalista norte-americano Paul Klebnikov (editor da revista “Forbes” russa) que, como acredita o congressista, está conectado com uma suposta violação da liberdade de imprensa na Rússia.

Este é provavelmente uma das mais absurdas afirmações que um funcionário dos EUA já proferiu acerca de suas “preocupações” sobre a liberdade na Rússia. Sabe-se que Paul Klebnikov foi morto por terroristas tchetchenos. Klebnikov nunca reclamou de violações da liberdade de expressão na Rússia. A revista “Forbes” era livre para publicar qualquer coisa, sem receber instruções do Kremlin.

Os congressistas norte-americanos deveriam saber que a Rússia de hoje é um dos países que mais têm jornais e revistas de origem estadunidense. Qualquer um pode comprar uma grande variedade de publicações – desde a “Newsweek” até a “Penthouse”. Nenhum de seus diretores jamais reclamou de qualquer tipo de pressão por parte das autoridades.

A administração desconsidera o fato que meios liberais, muito admirados pelos juristas norte-americanos, podem trabalhar na Rússia totalmente livres. Jornalistas liberais criticaram duramente o Procurador-Geral durante o famoso caso Yukos (a maior companhia petrolífera da Rússia, cujo proprietário, Mikhail Khordokovski, foi preso por fraude e sonegação de impostos). Se uma situação similar ocorresse nos EUA, os diretores de tais publicações com certeza seriam punidos.

Por outro lado, liberdade ilimitada de expressão é algo que não existe nos EUA. O jornal “New York Times”, considerado um exemplo de objetividade, é uma tribuna do Partido Democrata. Se a opinião de um jornalista difere da dos membros do partido, ele não poderá trabalhar no jornal.

Também há alguns temas que são tabu nos EUA. O famoso diretor Oliver Stone fez um filme sobre o assassinato do presidente John Kennedy. O filme, intitulado “JFK”, foi lançado em 1991. O diretor expressou uma versão diferente acerca da morte de Kennedy. Como resultado, quase todos os jornais e revistas importantes dos EUA criticaram Stone, dizendo que era um filme infame e que o diretor era um ignorante. Oliver Stone acusou os jornalistas norte-americanos de dependência da CIA (agência de espionagem), que supostamente ordenou essas numerosas críticas negativas. Como resultado, Oliver Stone nunca mais fez nenhum filme político.

Por tanto, as preocupações do Congresso dos EUA sobre a violação da liberdade de expressão na Rússia parecem bastante inamistosas e cínicas. Qualquer banca em Moscou vende uma grande variedade de jornais e revistas, que representam as opiniões de comunistas, liberais, organizações pró e anti-russas, e homossexuais. A provocação do Congresso dos EUA aparentemente serve para mostrar às organizações anti-russas que os EUA continuarão apoiando suas atividades. O aspecto mais revoltante de toda esta história é que os funcionários dos EUA não sentem vergonha de usar o nome do falecido Paul Klebnikov, que estava bastante satisfeito com a liberdade de expressão na Rússia.

Andrei Yuriev Traduzido por Carlo Moiana Pravda.ru

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