Expressiva marcha em Paris denuncia violência contra mulheres

Expressiva marcha em Paris denuncia violência contra mulheres

 

Paris, 24 nov (Prensa Latina) Dezenas de milhares de pessoas marcharam hoje nesta capital para denunciar a violência de gênero e exigir ao governo medidas concretas que apoiem a prevenção e o combate ao fenômeno.

 

Julie, Coralie, Ophelie, Stephanie, Sylvie, Denise e muitas mais não puderam sair neste sábado às ruas de Paris e outras cidades da França porque foram assassinadas por seus casais ou ex-companheiros sentimentais, mas seus nomes sim estiveram presentes na mobilização qualificada por muitos da maior no país para abordar o tema.

Estamos aqui para que não se somem mais nomes à lista, só neste ano vamos por 137', comentaram a Prensa Latina dois jovens participantes na marcha que partiu da praça da Ópera.

Como tem ocorrido em anteriores protestos, a de hoje se converteu em um lembrete da responsabilidade do Estado de frear a violência, a partir de medidas como a proteção das mulheres em perigo, a preparação da polícia e a mão de ferro da justiça à hora de perseguir e julgar os feminicidas.

Entre os reclamos dos manifestantes destacou o chamado ao governo a destinar mais de bilhão de euros para enfrentar o problema.

Também em Lyon, Rennes, Burdeos, Montpellier e outras cidades, homens, mulheres e crianças desfilaram contra a violência doméstica e em demanda de ações governamentais.

Segundo a organização Coletivo #NousToutes, uma das promotoras da marcha, nesta capital mobilizaram-se 100 mil pessoas, enquanto a nível nacional a cifra rondou as 150 mil.

O contexto no qual se agendou a mobilização o definiram as 137 mulheres assassinadas no que vai de ano e as atividades pelo Dia Internacional para Combater a Violência contra a Mulher, que se celebra o 25 de novembro.

Faz uns meses, o presidente Emmanuel Macron reconheceu que resulta inaceitável a situação do feminicídio na sociedade francesa e assegurou que seu governo não se cruzaria de braços.

A principal medida anunciada desde então foi a celebração a partir de setembro de debates com a participação de atores nacionais e locais, encarregados de propor iniciativas.

Na segunda-feira devem ser anunciado as medidas derivadas deste processo, coincidindo com o Dia Internacional.

 

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