Sem qualquer dúvida se pode afirmar que hoje, a situação no país está estável e além disso, está a formar-se um sistema político em que um candidato próximo dos oligarcas ou um candidato marginal (que não defende um nicho social) não tem qualquer hipótese de eleição.
Não foram Khakamada, Glasyev, Malishkin e Mironov candidates marginais? Os últimos dois representaram uma postura Contra Todos e os primeiros pertencem a aqueles que não entram nas presidenciais por nenhum partido político, mas representam apenas eles próprios. De facto, nenhum tinha o apoio duma força política respeitada, só de alguns oligarcas em fuga. Khakamada não conseguiu ganhar a eleição de Novembro à DUMA Estatal e por isso, o quê é que ela quis fazer na eleição presidencial? Até o Soyuz Pravih Sil, SPS (União da Direita), do qual esta meia-japonesa era co-líder, negou o seu desejo de fazer um show perante as câmeras de TV.
Todos sabem quem é o patrocinador de Khakamada. Com certeza, a única razão por esta estar na eleição foi uma tentativa de morder Vladimir Putin. A mordidela tinha de ser tal que poderia ser repetida numerosas vezes em fontes dos média ocidentais.
Glazyev não foi muito diferente do seu antigo colega. Construindo a sua campanha em escândalos acerca do seu Partido Rodina, e tentando registar outra formação política com o mesmo nome, Glazyev fez um erro fatal: a Rússia não vai entrar na mesma armadilha em que entrou em 1991 depois de eleger Boris Yeltsin.
Glazyev não deveria ter mentido. Depois de falar dos seus investimentos na campanha, não conseguiu explicar como tinha adquirido esse montante de dinheiro e nas estações de voto, as afirmações acerca das finanças de Glazyev não correspondiam à soma que estava no seu fundo para a eleição. Como economista, não deve ter menosprezado seu povo. Os russos não enlouqueceram e sabem muito bem fazer a aritmética simples.
Estes exemplos nos permitem fazer um balanço dos primeiros quatro anos da presidência de Vladimir Putin: a Rússia finalmente se livrou do jugo imposto pelos oligarcas e basicamente este país já não é um dormitório para aqueles que queriam entrar no poder, como era nos anos noventa. Hoje, qualquer tentativa dos oligarcas a dominar o país a partir de Londres ou de Tel Aviv, é condenada.
Outro resultado destas eleições é que o KPRF (Partido Comunista) confirma sua posição de líder entre os restantes partidos na nação. Talvez poderia ter adquirido mais votos se os seus líderes não tivessem dependido só numa equipa de pensionistas das suas fileiras e se tivessem tido algumas ideias mais interessantes, em vez de passar o tempo todo a lamentar.
Mesmo assim, o partido garante a sua posição como uma força política forte e influente na sociedade russa mas evidentemente cabe agora tratar da questão do seu líder.
A Rússia já escolheu para os próximos quatro anos. O líder do país foi eleito. Com Vladimir Putin a entrar no seu segundo termo, as regras do jogo são claras: o Presidente controla o governo, a maioria constitucional na Câmara Baixa e a Câmara Superior. Tudo está nítido, na minha opinião: As condições únicas estão a ser criadas que irão fomentar o futuro crescimento duma oposição forte.
O KPRF aproveitará desta hipótese?
Vadim GORSHENIN PRAVDA.Ru Presidente
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