Num plano mais imediato, a maior ameaça é constituída pelo terrorismo internacional. No entanto, a Rússia deve estar pronta para um possível conflito com os Estados unidos da América, que poderá acontecer até 2015 e dapois de 2030, outro conflito contra a China.
Uma guerra mundial hoje seria um evento de tamanha agressividade, com Armas de Destruição Maciça, e sem piedade. Hoje em dia, o mundo caminha para este evento devido às acções dos Estados Unidos da América.
Quanto a Rússia, os valores históricos nacionais e os valores da existência colectiva se transformaram em valores individuais que, para sobreviver, assumem uma característica anti-nacionalista. Por isso as maiores armas contra a própria Rússia seriam os elites, as media, algumas instituições e a sociedade civil.
Só o poder militar adequado e a actividade na nação, direccionada para proteger a sua cultura e sistema de estado podem impedir esta cadeia de eventos nefastos. Dum ponto de visto estratégico, quer dizer que a Rússia tem de estar pronta para defender-se no seu território nacional.
Contra quem? Contra terroristas islâmicas, contra a máquina militar norte-americana (que pode deflagrar em guerra antes de 2015) e contra as forças armadas da China (depois de 2030). São essas as três ameaças principais enfrentando a Federação Russa.
Por isso a reforma militar tem de encarar estas ameaças, que são diferentes. A guerra contra o terrorismo será uma guerra de rebeldes, como a na Chechenia e em Palestina; uma guerra contra os Estados Unidos da América seria uma guerra com sistemas militares de alta tecnologia; uma guerra contra a china envolveria grandes números de forças terrestres, que consistia em operações ofensivas e defensivas para proteger os territórios da Rússia nas suas fronteiras no Extremo Oriente.
Major-General (reformado) Aleksandr VLADIMIROV Vice-Presidente do Colégio Militar
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