A passagem de milhares de norte-americanos pela ilha de Santa Catarina em meados do século 19 é a trama tecida no livro "A Caminho do Ouro - a passagem de norte-americanos por Santa Catarina". Estes viajantes que por aqui passaram estavam em busca de ouro recém descoberto na Califórnia. O meio mais fácil e bem conhecido de chegar até lá era por mar contornando a América do Sul com paradas obrigatórias para reabastecer de agua, víveres e eventuais conserto dos navios.
Santa Catarina era a primeira parada obrigatória após dois ou três meses de viagem. E a alegria de finalmente por os pés em terra novamente era muito grande. Deliciados com a abundância de frutas, a qualidade da água , o gosto do café e a vegetação exuberante estes navegantes acreditavam ter chegado no paraíso.
Como não havia muito o que fazer nestes barcos escrever era o passatempo predileto de grande parte dos viajantes. E eles deixaram milhares de manuscritos e cartas contando não somente a viagem mas também a passagem pela ilha.
Os autores Marli Cristina Scomazzon e Jeff Franco tiveram acesso a dezenas destes relatos e os trazem de novo a vida neste livro. A narrativa trata de um período até hoje desconhecido na história de Santa Catarina. As descrições detalhadas da paisagem e da vida na ilha formam um belo retrato e através dos olhos destes viajantes conseguimos ver a Desterro de dois séculos atrás.
Em outro capitulo, também baseados em relatos oficiais e reportagens de jornais brasileiros pode-se saber como os ilhéus sentiram esta invasão e como reagiram a ela. Existiam aqueles que se esforçaram ao máximo em ser bons anfitriões, outros viram no episódio uma boa oportunidade de lucro e teve quem se exasperou com a avalanche de homens ruidosos e ávidos por aventuras.
Finalmente num terceiro capitulo é contada a história do consulado do Estados Unidos em Desterro que durou cerca de 50 anos. Conhecemos todos seus cônsules e um pouco de suas vidas e dos problemas que tiveram que contornar no seu dia a dia.
Todos personagens são ímpares e suas histórias também. Histórias até agora esquecidas.
Maiores informações em
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter