O cientista e pesquisador Antônio Donato Nobre, do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) lança nesta quinta, 30/10, um relatório no qual sintetiza, pela primeira vez, cerca de duzentos dos principais estudos e artigos científicos sobre o papel da floresta amazônica no sistema climático, na regulação das chuvas e na exportação de serviços ambientais para áreas produtivas, vizinhas e distantes da Amazônia. Nobre conclui que reduzir a zero o desmatamento já não basta para garantir as funções climáticas do bioma. Além de manter a floresta amazônica a qualquer custo é preciso confrontar o passivo do desmatamento acumulado e começar um amplo processo de recuperação do que foi destruído, que somente no Brasil significa uma área de 763 milKm2, o que equivale a três estados de São Paulo ou a 184 milhões de campos de futebol.
O estudo O Futuro Climático da Amazônia, elaborado a pedido da Articulação Regional Amazônica (ARA), mostra o potencial climático da floresta pristina, chamada pelos cientistas de "oceano verde", e os impactos de sua destruição com o desmatamento e o fogo - e sua correlação com as chuvas no Sudeste. Aponta ainda as ações para conter os efeitos no clima provocados pela ação humana sobre a maior floresta tropical do mundo.
O evento exclusivo para os jornalistas e convidados é organizado pela Articulação Regional Amazônica (ARA), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, o Instituto Socioambiental (ISA), a Iniciativa Amazônia Viva da Rede WWF, o Instituto Centro de Vida (ICV) e o Observatório do Clima.
http://www.socioambiental.org/pt-br/blog/blog-do-isa/estudo-o-futuro-climatico-da-amazonia-sera-lancado-nesta-quinta-3010-em-coletiva-de-imprensa-na-sala-crisantempo-em-sp
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