O Kremlin vai gostar do resultado da eleição

A campanha tem sido basicamente o que é considerado o partido do poder contra o Partido Comunista da Federação Rússia, enquanto em 1999, o principal adversário da Rússia Unida era o Bloco OVR (Toda a Rússia), liderado por ex-Primeiro Ministro Evgeny Primakov e o Presidente da Câmara de Moscovo, Yuri Luzhkov.

O OVR inicialmente fez uma aliança com o Partido de Unidade, e depois fundiu-se com esse partido, formando a Rússia Unida, o grande favorito para vencer as eleições no próximo Domingo.

Por isso começaram os ataques do governo contra a maior ameaça em 2003, o Partido Comunista da Federação Russa (KPRF). Este partido, não esperando um ataque tão violento, não soube gerir a pressão e por isso não deve conseguir edificar sobre os resultados obtidos em duas eleições consecutivas para a DUMA, em que o KPRF foi o partido mais votado.

Colocando um número de oligarcas nas suas listas, perdeu credibilidade, criando espaço para ataques, sendo esses oligarcas alvos perfeitos para críticas.

A Rússia Unida, por seu lado, tem concentrado no progresso obtido durante a Presidência de Vladimir Putin – crescimento económico notável e uma ligeira melhoria no nível de vida da população. A Rússia Unida apoia o presidente activamente.

Decidiu não aparecer em debates na televisão para não correr o risco de enfrentar políticos mais mediáticos de outros partidos e foi criticado por ter tomado essa decisão. Porém, não há nenhuma lei obrigando os partidos a aparecerem na televisão.

Liderado pelo Ministro do Interior, Boris Gryzlov, o Ministro de Situações de Emergência, Sergei Shoigu e o Presidente da Câmara de Moscovo, Yuri Luzhkov, a Rússia Unida será o grande vencedor, e deverá ganhar cerca de 30% do voto, proporcionando uns 250 a 270 lugares dos 450 na DUMA, constituindo uma maioria parlamentar.

Em segundo lugar deverão ficar os Comunistas, com 20% do voto, com o LDPR (Partido Liberal Democrático) de Vladimir Zhirinovsky em terceiro. Tem seu eleitorado próprio, composto por pessoas que gostam dos slogans populistas do líder.

À direita, SPS e Yabloko vão ganhar alguns lugares mas só um deles deverá permanecer na DUMA após 7 de Dezembro. Os líderes, Boris Nemtsov e Grigory Yavlinsky, não conseguiram encontrar uma base comum por isso não puderam apresentar uma campanha conjunta.

Finalmente, a nova aliança patriótica, Rodina, deverá ultrapassar os 5% necessários para assegurar uma presença na DUMA. Os seus líderes, Sergei Glazyev, economista, Dmitry Rogozin, Presidente da Comissão para Assuntos Exteriores da DUMA e Viktor Gerashchenko, antigo Presidente do Banco Central, são bem conhecidos e respeitados.

Dr. Vyacheslav Nikonov Presidente da Fundação POLITIKA

RIAN Traduzido por Viktor PAVLIN PRAVDA.Ru

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