Díaz-Canel: a resposta de Cuba à pandemia foi «muito digna»

Díaz-Canel: a resposta de Cuba à pandemia foi «muito digna»

AbrilAbril

24 DE MAIO DE 2020

«Na luta contra a pandemia alcançámos um resultado digno, digníssimo, e mais nas condições em que o país o fez», afirmou o presidente de Cuba num encontro com cientistas responsáveis pelo combate à Covid-19.

 

Está-se a fazer ciência no meio de uma situação de contingência. afirmou Díaz-Canel Créditos/ Estudios Revolución

Numa reunião que manteve, esta semana, com especialistas centrados no combate à epidemia, no Palácio da Revolução, em Havana, Miguel Díaz-Canel sublinhou que, antes de o surto epidémico chegar a território cubano, o país já tinha «uma situação complexa, económica e social, provocada pelo bloqueio e a Lei Helms-Burton».

Não obstante, afirmou, «o resultado científico que alcançámos deu ao país uma visibilidade e um prestígio tremendo, como componente fundamental no combate». «Não termos uma nova vaga é a quimera, e, naturalmente, chegar à vacina cubana o mais rapidamente possível», disse, citado pelo diário Granma.

No encontro, o presidente de Cuba deu particular ênfase «ao contributo da biotecnologia cubana para o combate à Covid-19», tendo-se referido ao papel que o anticorpo monoclonal Anti-CD6 e o péptido CIGB-258 têm para evitar a morte de pacientes em estado grave e crítico, depois de serem infectados com o coronavírus SARS-CoV-2, e para impedir que outros pacientes chegem a esses estados.

Graças aos resultados desses produtos biotecnológicos, em Cuba regista-se 1% de falecidos graves e críticos abaixo da média mundial e da América Latina e Caraíbas, sublinhou o chefe de Estado.

«No mundo, 80% dos pacientes que chegam ao estado crítico estão a morrer. Em Cuba, com a utilização desses medicamentos, 80% dos que chegam a estados críticos e graves estão a ser salvos», acrescentou.

«Isto é fruto da ciência cubana, do desenvolvimento do nosso sistema de Saúde e da integração que esse sistema pode alcançar para fazer frente à pandemia», afirmou Díaz-Canel, lembrando que «se está a fazer ciência no meio de uma situação de contingência» e que «isso tem um valor adicional».

Sistema de Saúde cubano não entrou em colapso

Na reunião, que teve lugar no final da semana, o decano da Faculdade de Matemática e Computação da Universidade de Havana, Raúl Guinovart, comentou que o país caribenho consegue passar pela pandemia com resultados favoráveis devido às medidas tomadas pelas autoridades.

 

O investigador disse que, antes de 30 de Março, «muitos críticos e não críticos» do país previam uma «situação muito mais complicada» para Cuba, tendo por base a noção de que «países ricos, com sistemas de Saúde com muitos mais recursos e não sujeitos a um bloqueio, tinham praticamente colapsado».

Ao invés, «o sistema de Saúde cubano conseguiu controlar a epidemia, não entrou em colapso e vai a caminho de erradicar» a doença, frisou.

Apesar de os dados serem positivos e o cenário na Ilha se afigurar favorável, o presidente cubano pediu aos cidadãos que mantenham a disciplina e a responsabilidade, de modo a evitar uma segunda vaga, considerando fundamental manter as medidas de higiene e distanciamento físico mesmo quando se passar à normalidade.

 

 

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