Dmitri Medvedev futuro sucessor do Vladimir Putin inscreve na Comissão Eleitoral Central

Se inscreveu hoje na Comissão Eleitoral Central (CEC) da Rússia o vice-primeiro-ministro Dmitri Medvedev, candidato governista para a sucessão do presidente russo, Vladimir Putin, em 2008.

Em declarações à imprensa, Medvedev minimizou a importância da postura do Ocidente diante das recentes eleições legislativas, que não foram consideradas limpas nem democráticas, e a possíveis novas críticas às eleições presidenciais de 2 de março de 2008.


"Vamos ter medo de quê? As eleições são um assunto interno de nosso Estado. Por mais que nos critiquem, a decisão final será dos eleitores", disse Medvedev, segundo a agência "Interfax".


Medvedev confirmou ter conversado com Putin sobre sua escolha como candidato para sucedê-lo no Kremlin, mas insistiu em que sua promoção foi uma iniciativa dos partidos.


A candidatura de Medvedev foi proposta formalmente em 10 de dezembro por quatro partidos, os governistas Rússia Unida e Rússia Justa - que juntos somam 353 das 450 cadeiras do Legislativo - e mais dois sem representação parlamentar, o Força Cívica e o Partido Agrário.


O candidato anunciou que, caso seja eleito, deixará a Presidência do Conselho de Diretores do consórcio energético Gazprom, mesmo a legislação do país permitindo que continue no cargo.


Medvedev informou que sua campanha eleitoral será coordenada pelo chefe de gabinete da Presidência, Serguei Sobianin, que também organizou as campanhas de Putin quando ocupava o mesmo cargo no Kremlin, antes de passar a trabalhar para o Governo.


Proclamado candidato presidencial pela Rússia Unida, Medvedev é o terceiro aspirante promovido por um partido com representação parlamentar inscrito no CEC, depois do líder comunista Gennady Ziuganov e do ultranacionalista Vladimir Yirinovski.


Entre os políticos liberais da oposição já se inscreveu o ex-primeiro-ministro russo Mikhail Kasianov, líder da União Democrática Popular. Ainda hoje, o ex-vice-primeiro-ministro Boris Nemtsov, da União de Forças de Direita, deve registrar sua candidatura, escreve a EFE.

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