A explosão na mina de Ulyanovskaya, região de Kemerovo, Sibéria, no dia 19 de março que provocou a morte de 108 homens, resultou de um fator humano e desleixo das regras de segurança, conforme apurou o Rostekhnadzor, o órgão responsável pela segurança industrial na Rússia.
Os corpos de dois mineiros desaparecidos após foram encontrados, elevando o total de mortos para 110, disseram nesta quarta-feira membros da equipe de resgate e a companhia mineradora dona da jazida.
De acordo com Konstatin Pulikovski, chefe do Rostekhnadzor, houve mais do que uma explosão, primeiro de metano e depois do pó de carvão. O motivo pelo qual o sofisticado sistema de alerta de metano não funcionou foi porque "houve uma intervenção irregular no seu funcionamento, para diminuir os indicadores da presença de metano".
A comissão chegou à conclusão que a causa final da explosão tinha sido um cabo eléctrico não devidamente protegido. "A causa do desastre está em decisões deliberadas da companhia 'Iuzhkuzbasugol', e a responsabilidade total recai sobre a direcção", afirmou o governador de Kemerovo, Aman Tuleev, sublinhando que se trata de "um crime consciente, levado a cabo com o intuito de aumentar a extracção de carvão".
O Rostekhnadzor atribui culpas a 42 trabalhadores, dos quais oito morreram no acidente.
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