A diretora do Centro Russo de Cooperação Internacional Científica e Cultural anunciou esta quarta-feira(18) que está a preparar com o Instituto Camões a abertura de uma extensão da instituição russófona em Lisboa. «Penso que devemos desenvolver uma cooperação de vantagem mútua» , disse Mitrofanova à Lusa.
O centro de Lisboa terá um duplo objectivo: servir a comunidade de língua russa em Portugal e também divulgar a cultura russa junto dos portugueses.
«Há muitas pessoas que falam russo aqui em Portugal, pessoas de diversas nacionalidades (das ex-repúblicas soviéticas) mas que falam russo e querem que as crianças aprendam a língua e conheçam a história russa» , explicou a directora do CRCICC, sedeado em Moscovo e dependente do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Além disso - defendeu a responsável -, numa altura em que «as relações económicas entre Portugal e a Rússia começam a desenvolver- se mais intensivamente» e que há mais turistas russos a visitar Portugal, «os portugueses vão precisar de pessoas que conheçam a língua russa» .
Por isso, a extensão de Lisboa funcionará também como «centro de formação metodológica dos professores de língua russa em Portugal» , adiantou.
Outra das funções da instituição será ter «um papel informativo junto da sociedade portuguesa sobre a Rússia» , razão pela qual incluirá uma biblioteca e acesso ao espaço da Internet russo.
Haverá ainda exposições de fotografia e pintura de artistas russos, entre outras iniciativas, para que «os portugueses conheçam melhor a nossa cultura» , exemplificou a responsável.
Actualmente, existem 32 centros russos na Europa e o CRCICC trabalha em 70 países, no total, incluindo alguns do norte de África, países árabes, do sudoeste asiático e da América latina, no que classifica como «o estrangeiro tradicional» .
A instituição está também presente nas ex-repúblicas soviéticas que integram a CEI (Comunidade de Estados Independentes), que «antes pertenciam ao país e que agora já não pertencem, porque houve uma mudança de fronteiras» .
Aí, os objectivos do CRCICC são diferentes dos do «estrangeiro tradicional» , porque os jovens das ex-repúblicas soviéticas «querem ir estudar nas universidades russas» , o que faz com que 90 por cento do financiamento da instituição vá para esses países, que têm um número maior de «compatriotas russos» , esclareceu.
Segundo a responsável, nos últimos anos, o Governo russo tem dado montantes cada vez maiores ao CRCICC «para apoiar projectos» , o que permite expandir a acção da instituição.
Eleonora Mitrofanova indicou ainda que, «numa primeira fase, caberá a uma representante da embaixada da Rússia em Lisboa avaliar quais são as prioridades» da extensão portuguesa do centro científico e cultural.
Fonte Sol
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