Liberdade e Democracia? Ou tortura e assassínio? O quê é que os Estados Unidos da América representam hoje? Depois de Abu Ghraib, revelações novas chocantes chegam a nós de soldados Taleban a serem queimados e colocados com os corpos deitados na direcção de Meca e que Saddam Hussein a ser sujeito a tortura.
Os Estados Unidos da América de George W. Bush é um insulto à cultura, história e Constituição do seu país. Longe de ser a terra dos livres, a terra onde os sonhos se tornam realidade, os EUA de George Bush se tornou o Grande Pesadelo Americano. Com sua política externa ditada por um clique de elitistas corporativos conservadores, o procedimento seguido por Washington hoje é um de prepotência, beligerância, decepção, fraude, mentiras, assassínio em massa, negligência criminosa, destruição deliberada de estruturas civis com equipamento militar pesado, crimes de guerra e cada vez mais frequentemente, a tortura.
Primeiro, veio a noção de que se tratavam de casos esporádicos de tortura, incidentes isolados de falta de disciplina por um ralé aparentemente indisciplinado, que se auto-proclama um exército. Mas depois do Pentágono ter elaborado o plano de acções para o campo de concentração de Guantanamo, e com a hierarquia a saber plenamente o que acontecia em Abu Ghraib, os comentários de Donald Rumsfeld, que tais incidentes são chocantes e que serão investigados, caem no absurdo. De facto, Rumsfeld é um mentiroso descarado e insensível, tal como seu presidente, George Bush.
Profanação de corpos
Na Quarta-feira, dia 19 de Outubro, vieram revelações feitas por um foto-jornalista da Austrália, Stephen DuPont, cujos filmagens tirados quando percorria o Afeganistão com uma patrulha do exército dos Estados Unidos da América foram mostrados no programa Dateline, do Serviço Emissor Especial da Austrália (SBS)
As cenas são chocantes e fazem lembrar Belsen ou Treblinka ou Dachau. Ou pior.
Dois combatentes Taleban são aparentemente regados com gasolina e queimados, com os membros estendidos para fora e posicionados na direcção de Meca. Depois dois especialistas em operações psicológicas do exército dos EUA, emitem uma mensagem aos Taleban, mostrando os corpos queimados e dizendo: Atenção, Taleban, vocês são cachorros covardes.
Saddam Hussein torturado
No Iraque, onde a prisão de Abu Ghraib é um monumento à honra do regime de George Bush e ao acto de chacina que transformou a única nação estável na região num estado de caos total, e que acresceu a taxa de mortalidade dos 500.000 que perderam as vidas devido a sanções por mais 100.000, assassinados nesta guerra ilegal, em que infra-estruturas foram escolhidas como alvos militares para que pudessem ser oferecidos contratos para reconstrução mesmo sem concursos, agora temos provas de que Saddam Hussein está a ser sujeito a tortura.
A privação do sono é um método de tortura aprovado pelo Pentágono, foi aplicado no campo de concentração de Guantanamo e está a ser utilizado na pessoa do antigo Presidente do Iraque, para que se sinta exausto durante o processo. No início da sessão inaugural do tribunal que está suposto a julgá-lo num processo justo, Saddam Hussein declarou que tinha sido privado de sono desde 02.00 mas que estava pronto para enfrentar o tribunal.
Jim Stewart, o correspondente da CBS News, foi citado pela Reuters, tendo confirmado que Saddam Hussein está a ser privado de sono. Isso é um processo justo? Sob tortura? Talvez seja para George Bush.
Agora a Amnistia Internacional está a tentar reverter uma decisão tomado em Londres em 2004, que admissões tirados sob actos de tortura no estrangeiro são admissíveis.
O quê é que se passa nos EUA e no Reino Unido? Onde estão os morais, onde estão os padrões de comportamento, onde está o respeito pela lei internacional, pela Carta da ONU, por convenções e acordos internacionais?
O que se passa é que o mundo vive na sombra de um Eixo do Mal, centrado em Washington, que gravita a volta do regime maldoso de assassinos e criminosos de guerra, com George Bush no centro da teia.
Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter