Quando a Bolívia foi paralisada pelos bloqueios liderados por Evo Morales, o presidente Carlos Mesa tinha dois caminhos a seguir: buscar enfrentá-los com um estado de sítio ou desmantelá-los pacificamente.
O primeiro caminho poderia provocar uma resposta popular, como a que em outubro de 2003 enfrentou seu predecessor, ou transformá-lo em um semi-ditador.
Ele optou pelo segundo caminho. Sem partido e com um parlamento adverso, seu método foi chantagear com renúncia ou eleições imediatas. Isso assustou muitos parlamentares, que não queriam dar espaço à incerteza social nem perder dinheiro e poder.
Morales pensava que não venceria esses riscios. E que isso dificultaria seu objetivo de estabilizar o governo e demonstrar aos investidores que ele poderia ser o Lula boliviano, chegando ao palácio em 2007. A centro-direita carece de unidade e presidenciáveis carismáticos.
Prof. Dr. Isaac BIGIO
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