Dólar Cai para R$ 6,04 com Leilões do BC e Posse de Trump em Destaque no Mercado

O dólar recuou para R$ 6,04 nesta segunda-feira, influenciado por leilões do Banco Central e a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. O mercado reagiu à ausência de anúncios imediatos sobre tarifas comerciais, enquanto traders continuam atentos aos próximos movimentos econômicos e ao impacto global das decisões de Trump. Saiba mais sobre os fatores que estão moldando a cotação e as perspectivas para os próximos dias.

Nesta segunda-feira (20), o dólar registrou forte queda em relação à maioria das moedas globais, em um dia marcado pela posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. A ausência de medidas concretas relacionadas às tarifas de importação, frequentemente mencionadas por Trump, trouxe alívio aos mercados, especialmente para moedas de países mais vulneráveis, como o México.

Além disso, a semana reserva atenção à decisão de juros do Banco do Japão (BoJ), com a expectativa de um possível aumento de taxas.

Desempenho do dólar no mercado de câmbio

No fechamento da tarde em Nova York:

  • Dólar x Iene: queda para 155,63 ienes.
  • Dólar x Peso Mexicano: queda para 20,4861 pesos.
  • Euro: alta para US$ 1,0415.
  • Libra: alta para US$ 1,2326.
  • Índice DXY: recuou 1,20%, fechando a 108,034 pontos.

De acordo com a Capital Economics, a queda reflete o risco associado à ausência de ações rápidas relacionadas às tarifas.
"O dólar continua muito valorizado, e quedas adicionais são plausíveis se as tarifas ficarem sob mais dúvidas", afirmou a consultoria. Apesar disso, a expectativa é que uma tarifa universal de 10% e uma tarifa de 60% sobre importações chinesas sejam impostas no segundo trimestre de 2025. Nesse cenário, o dólar poderia se recuperar de forma significativa.

"Acreditamos que a alta do dólar será mais consistente desta vez, diferente de 2017, quando o índice DXY recuou cerca de 10% no final do ano", acrescentou a análise.

Decisão de juros do Banco do Japão

A possível alta de juros pelo Banco do Japão também está no radar dos mercados. Segundo o Société Generale, a probabilidade de um aumento é superior a 85%, mas ainda há incertezas.

"Se há algo que aprendemos com o BoJ ao longo dos anos, é que uma alta de juros nunca está garantida até que aconteça", destacou o banco.

O Société Generale também pontua que o BoJ pode adiar a decisão caso haja instabilidade nos mercados globais, especialmente em resposta a ações inesperadas de Washington.

"Se as tarifas americanas entrarem em pauta e os mercados sofrerem, o BoJ pode optar por adiar a decisão para março, o que poderia levar o dólar de volta a 160 ienes", prevê a análise.

Impactos no mercado global

A combinação da posse de Trump e das decisões do Banco do Japão reflete uma dinâmica complexa para o mercado cambial:

  • A incerteza em torno das tarifas comerciais afeta diretamente o desempenho do dólar.
  • O peso mexicano, frequentemente sensível às políticas americanas, foi um dos maiores beneficiados do dia.
  • A possível decisão do BoJ pode gerar volatilidade no iene e influenciar a trajetória do dólar nos próximos meses.

O presidente do BoJ, Kazuo Ueda, destacou que espera uma transição tranquila para a nova presidência nos Estados Unidos e que não deseja surpresas que possam desestabilizar os mercados financeiros.

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Author`s name Petr Ermilin