O dólar recuou para R$ 6,04 nesta segunda-feira, influenciado por leilões do Banco Central e a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. O mercado reagiu à ausência de anúncios imediatos sobre tarifas comerciais, enquanto traders continuam atentos aos próximos movimentos econômicos e ao impacto global das decisões de Trump. Saiba mais sobre os fatores que estão moldando a cotação e as perspectivas para os próximos dias.
Nesta segunda-feira (20), o dólar registrou forte queda em relação à maioria das moedas globais, em um dia marcado pela posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. A ausência de medidas concretas relacionadas às tarifas de importação, frequentemente mencionadas por Trump, trouxe alívio aos mercados, especialmente para moedas de países mais vulneráveis, como o México.
Além disso, a semana reserva atenção à decisão de juros do Banco do Japão (BoJ), com a expectativa de um possível aumento de taxas.
No fechamento da tarde em Nova York:
De acordo com a Capital Economics, a queda reflete o risco associado à ausência de ações rápidas relacionadas às tarifas.
"O dólar continua muito valorizado, e quedas adicionais são plausíveis se as tarifas ficarem sob mais dúvidas", afirmou a consultoria. Apesar disso, a expectativa é que uma tarifa universal de 10% e uma tarifa de 60% sobre importações chinesas sejam impostas no segundo trimestre de 2025. Nesse cenário, o dólar poderia se recuperar de forma significativa.
"Acreditamos que a alta do dólar será mais consistente desta vez, diferente de 2017, quando o índice DXY recuou cerca de 10% no final do ano", acrescentou a análise.
A possível alta de juros pelo Banco do Japão também está no radar dos mercados. Segundo o Société Generale, a probabilidade de um aumento é superior a 85%, mas ainda há incertezas.
"Se há algo que aprendemos com o BoJ ao longo dos anos, é que uma alta de juros nunca está garantida até que aconteça", destacou o banco.
O Société Generale também pontua que o BoJ pode adiar a decisão caso haja instabilidade nos mercados globais, especialmente em resposta a ações inesperadas de Washington.
"Se as tarifas americanas entrarem em pauta e os mercados sofrerem, o BoJ pode optar por adiar a decisão para março, o que poderia levar o dólar de volta a 160 ienes", prevê a análise.
A combinação da posse de Trump e das decisões do Banco do Japão reflete uma dinâmica complexa para o mercado cambial:
O presidente do BoJ, Kazuo Ueda, destacou que espera uma transição tranquila para a nova presidência nos Estados Unidos e que não deseja surpresas que possam desestabilizar os mercados financeiros.
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