Líbia: As duas histórias

Líbia: As duas histórias. 15633.jpegIniciar a música: "Enquanto os combates morrem, na Líbia, o CNT amado, cheio de democracia e expondo a tolerância racial, toma a sua posição legítima aplaudido por 90 por cento da população (tosse) e as coisas voltam para o normal enquanto são distribuídos contratos bilionários para as potências ocidentais". (Corte!)

Sim senhoras e senhores, bem-vindo ao Líbia Roadshow das Nações Unidas! Hoje nós trazemos para vocês um circo humano, com um espetáculo especial de horrores humanos do século XXI, estrelando Davey "Se eu tiver que pagar algo, pagarei mas primeiro é só me deixar lixar este restaurante" Camono, Nicolas Sarko "eu odeio os ciganos" Psico e Barack "Eu insultei o Prêmio Nobel da Paz, que se fueda a Palestina" Obombardeiro.

No programa de hoje vocês podem ouvir Davey Camono falando sobre a imposição de liberdade e democracia a partir de 30.000 pés, enquanto as bombas da OTAN destroem com tanta precisão casas e lares, espalhando a paz e a segurança, a liberdade e democracia com a Bíblia e a Bala, explodindo nas caras e rebentando os membros das crianças líbias. Que bacano, n'é? Isso, seguido por Nicolas hoin hoin hoin "será que os peixes do Mediterrâneo realmente gostam de franceses?" Sarko o Psico, nos dizendo como ele fanou o petróleo e gás do italiano Silvio "Eu não chamei à Ângela uma infodivel monte de banha" Berlusconi. E pouco antes de a cortina cair (Começam aí o Stars and Stripes), mão-no-coração... Barack "Peço perdão, eu nunca prometi mudanças" Obombardeiro, que fará um discurso de cortar o coração sobre como os EUA e a ONU conseguiram destruir o sonho africano e arrancar os instrumentos da riqueza das suas mãozinhas porcas, os selvagens!

Este número será seguido pelo previsível e até agora tédio show de comédia, em que os interesses são negociados nos bastidores, as linhas são desenhadas em mapas e descobrimos quem recebe o quê.

Pois é, é um show. Quanto à realidade no terreno, agora para algo completamente diferente.

A grande maioria da Líbia está nas mãos das Forças Armadas da Líbia (FAL) comandadas pelo coronel Muammar al-Qathafi. Estas forças não entraram em colapso, eles se mantiveram intactas, por uma razão muito simples: a grande maioria da população da Líbia apoia o seu Governo Jamahiriya e é por isso que a OTAN se recusa a permitir que uma eleição livre e justa e democrática seja realizada.

Quanto à OTAN, está quebrando suas regras de engajamento e as Resoluções do CSNU cobrindo esse conflito; há relatos (Fritenk.wordpress.com) que numerosos franceses e britânicos das forças especiais foram pegados em Bani Walid. Mas as Resoluções não foram nítidas: Sem tropas no terreno? Não admira que o Ministério da Defesa britânico se recusou a comentar e me passou para o Foreign and Commonwealth Office e não admira que o FCO me encaminhou para o Ministério da Defesa.

As forças da OTAN/Terroristas já tentaram e não conseguiram tomar a cidade de Bani Walid há várias semanas; as escaramuças de ontem resultaram na eliminação de 45 ratazanas (elementos terroristas) e 25 veículos, após o que a coluna dessa sujeira que estupra mulheres, mata crianças e corta as gargantas de negros nas ruas recuou para Tarhouna, recentemente liberada outra vez pelas FAL e patriotas lutando pela Jamahiriya, que repeliram este flagelo.

Em al-Brega, outro helicóptero da OTAN, utilizado com efeito mortífero contra os civis em outros teatros deste conflito, foi abatido, enquanto a OTAN continua a efectuar ataques aéreos terroristas contra os civis de Bani Walid, Sirt e agora Waddam, no Oásis de Djofra.

 A Brigada 32 do General Khamis al-Qathafi tem criado uma unidade especial que irá destruir elementos terroristas em todas as partes do país, esta unidade tendo autonomia completa em operações.

Enquanto isso, como previsto nesta coluna no início do conflito, a sua internacionalização já começou: a tribo Tuareg da Líbia, Mali, Níger e Argélia convocou uma Assembléia Geral, em que se declarou que as Ratazanas (OTAN/terroristas) são inimigos. Os tuaregues do Níger alertaram o Governo com uma guerra civil se submeter às Ratazanas.

No domingo 18 de setembro, uma bandeira verde (símbolo das forças patrióticas pro-Gaddafi) foi içada na Universidade de Tripoli (Por quê na sua visita Cameron e Sarkozy nem sairam do aeroporto? Porque é que o Conselho Nacional dos Terroristas está ainda escondido em Benghazi, onde esse golpe separatista começou?) e na segunda-feira, as forças LAF entraram outra vez na cidade de Misurata.

Ras Lanuf foi libertado da tirania do flagelo OTAN/terroristas na sexta-feira e novas frentes estão sendo abertas pelos patriotas e as FAL.

Existem dois lados da moeda. NATO cometeu um erro monumental em apoiar terroristas e racistas para seus próprios fins gananciosos, para meter suas mãos sobre os recursos da Líbia e para recolonizar a África, destruindo os projetos de Muammar al-Qathafi, que custavam aos sistemas financeiros ocidentais bilhões de dólares.

Porém, se o Ocidente só pode sobreviver desviando os recursos dos outros, então estas nações são sanguessugas e parasitas e não merecem qualquer respeito.

Timothy Bancroft-Hinchey
Pravda.Ru

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