Bases dos EUA: Venezuela revê relações com Colômbia

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, declarou, quase à meia-noite desta segunda-feira (20), que a instalação de bases militares norte-americanas na Colômbia o ''obriga a revisar as relações diplomáticas'' com o país latino. Ele avalia que a presença militar dos Estados Unidos no continente é uma ameaça à região.

''Agora os ianques querem montar na Colômbia mais quatro bases militares. Claro que usam eufemismos e dizem que não são bases ianques, mas bases colombianas e que eles podem vir. Mas eles vão estar aí permanentemente'', colocou o presidente, em um pronunciamento ao vivo no programa La Hojilla, transmitido pela Venezolana de Televisión.

Chávez detalhou que já deu instruções sobre o assunto ao chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, e destacou que ainda que lamente a decisão, ela foi tomada porque o governo colombiano está abrindo as portas ''a quem nos agride permanentemente''.

''E a quem prepara contra nós novas agressões. Não só contra a Venezuela, mas contra outros países e também a quem derrubou governos e está apoiando o golpe de Estado em Honduras'', disse o presidente, referindo-se aos Estados Unidos.

Ele destacou que se há algo claro na Colômbia é que as tropas norte-americanas ''fazem e desfazem'', e advertiu que isso constitui uma ameaça à Venezuela. Chávez também falou sobre o vídeo que curculou a partir de Bogotá, com o qual se tenta vincular o presidente equatoriano Rafael Correa com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Ele disse estar seguro de que se trata de ''uma grande falsidade''.

''Na Colômbia, o que está demosntrado, e não por vídeos, mas por numerosas provas de algumas instituições colombianas, é o financiamento a vários senadores, deputados, governadores, prefeitos, assim como a campanhas presidenciais, com milhões de dólares do narcotráfico'', enfatizou o mandatário venezuelano.

O pronunciamento de Chávez ocorreu quatro dias após o governo de Álvaro Uribe na Colômbia anunciar que está a caminho de firmar um acordo com os EUA para ampliar a presença de militares norte-americanos em seu território.

Uribe argumenta que o incremento da cooperação militar com Washington tem o objetivo de fortalecer o combate ao narcotráfico e a guerrilhas. Os países vizinhos, contudo, criticaram a decisão, que consideraram uma ameaça à região e um retrocesso na luta antiimperialista.

Com ABN e Vermelho

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