O Presidente norte-americano, George W. Bush chegou hoje (05) à Republica Checa, rodeado por manifestações de protesto contra a política externa norte-americana. «A Rússia não é o inimigo», disse Bush à imprensa, depois de se reunir com dirigentes checos.
O presidente norte-americano sublinhou que o sistema é «puramente defensivo» e visa defender o seu país de «ameaças reais», como um eventual ataque do Irão. Bush disse também que a mensagem que quer transmitir ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, é a de que os Estados Unidos e a Rússia «podem trabalhar juntos face a ameaças comuns».
«A minha mensagem vai ser: Vladimir - eu chamo-lhe Vladimir - não deve recear o sistema de defesa antimíssil. Aliás, porque não trabalham connosco num sistema antimíssil?», disse o presidente norte-americano.
Esta visita, antecede a participação do chefe de Estado norte-americano na cimeira do G8, de quarta a sexta-feira, na Alemanha, segue-se às ameaças de segunda-feira, do presidente russo, Vladimir Putin, em estacionar novos mísseis apontados para a Europa, caso Washington leve por diante a intenção de instalar um escudo anti-mísseis no continente europeu.
A visita de Bush seguirá da Republica Checa onde ficará instalado um radar do escudo anti-mísseis, para a Alemanha, e, Polónia onde estão previstos vários silos de lançamento de mísseis interceptores.
Este projecto de escudo anti-mísseis deverá estar no centro das conversações que Bush e Putin manterão na Alemanha, à margem da cimeira do G8, depois do endurecimento das posições do líder russo.
No programa das visitas de Bush à Europa, está também a Albânia, numa altura em que o apoio dos norte-americanos e dos ocidentais a uma quase independência do Kosovo, rejeitada pela Rússia. No sábado, será recebido pela primeira vez, no Vaticano por Bento XVI, que, segundo fontes do Estado católico, evocará o «problema» da guerra no Iraque.
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