O ministro de Relações Exteriores iraniano, Manouchehr Mottaki, disse nesta quarta-feira, 30, que o país está disposto a dar continuidade ao diálogo que o Irã iniciou com os Estados Unidos a respeito do Iraque, caso Washington manifeste vontade de "normatizar a situação" no país árabe.
"Se existir essa vontade, haverá uma segunda rodada de negociações entre os embaixadores do Irã e dos EUA", afirmou Mottaki. Ele disse que seu país "está analisando os resultados da primeira reunião", realizada na segunda-feira em Bagdá.
O ministro, citado pela agência iraniana "Mehr", reiterou que a República Islâmica "aceitou o diálogo com os EUA porque há necessidade de restabelecer a segurança no Iraque". O Irã tem grande influência sobre a maioria xiita iraquiana.
O embaixador dos EUA em Bagdá, Ryan Crocker, qualificou de "positiva" sua reunião com o colega iraniano, Hassan Kazemi, mas afirmou que não houve avanços relevantes.
Já Kazemi criticou, durante a reunião com Crocker, o fato de as Forças de Segurança iraquianas não serem "capazes de se defender" dos grupos terroristas ativos no país.
Além disso, atribuiu a insegurança e o conflito sectário "à contínua deterioração do quadro, à morte de civis, à destruição da infra-estrutura básica e à falta de uma base de defesa adequada".
O embaixador iraniano falou, ainda, do "limitado controle do governo iraquiano sobre as forças de segurança, e o desconhecimento, pelas forças estrangeiras, da cultura e das sensibilidades religiosas dos iraquianos".
Além disso, diferentes autoridades do Irã vêm exigindo, reiteradamente, que os EUA anunciem um calendário para a retirada das tropas do Iraque.
Fonte Portal Estadão
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