A Rede Europeia de Patrulhas Costeiras, coordenada pela Agência para o Controlo das Fronteiras Externas da União Europeia (Frontex) , começou a operar em águas do Mediterrâneo e do Atlântico, para reforçar o controlo das fronteiras marítimas do Sul da Europa no âmbito do combate à imigração ilegal.
O número de imigrantes de países pobres a viver ilegalmente na União Europeia supera os dez milhões de pessoas, sendo Espanha o país que mais imigrantes acolhe.
A operação visa travar os crescentes fluxos migratórios que têm chegado aos países do Mediterrâneo, não só para salvaguardar o sistema Schengen como também para prevenir mais tragédias, designadamente as várias mortes de imigrantes que tentam alcançar as costas da UE. Nesta primeira tentativa de Bruxelas para implementar um sistema conjunto de vigilância das fronteiras marítimas do Sul da Europa participam Portugal, Espanha, França, Itália, Eslovénia, Grécia, Chipre e Malta. Segundo o comissário europeu para a Justiça, Segurança e Liberdade, Franco Frattini, a Rede Europeia de Patrulhas Costeiras permitirá a cada um dos países participantes "usar os seus meios de forma mais racional e eficaz".
Para já, os meios utilizados nas patrulhas vão ser estritamente nacionais, porque o dispositivo comum de meios oferecidos pelos 27 estados-membros à Frontex (aviões, helicópteros, navios e equipamentos técnicos) ainda não está operacional. Portugal tem defendido, sobretudo em sede do Conselho de Ministros da Justiça e Assuntos Internos, que a estratégia de defesa da fronteira externa mediterrânica da UE face à imigração ilegal deve abranger também a costa portuguesa. No caso de Espanha, só este mês foram repatriados mais de 750 imigrantes ilegais, incluindo 30 crianças. Em 2006, mais de 30 mil imigrantes foram apanhados enquanto tentavam atingir território espanhol. A maior parte dos indivíduos é proveniente do oeste de África e muitos não conseguem sobreviver à travessia.
Fonte Jornal de Notícias
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter