Efeito colateral da guerra no Iraque: II Parte

A Organização terrorista Al Qaeda, de Osama Bin Laden, assumiu ontem a responsabilidade pelos quatro atentados suicidas que ocorreram simultaneamente na capital da Arábia Saudita, Riade, ontem. Os ataques foram lançados contra complexos residenciais, que concentravam estrangeiros, grande parte americanos e de outros países ocidentais trabalhando em projetos civis e militares no reino. Segundo o governo Saudita, morreram 29 pessoas, incluindo os 9 homens bombas e outras 194 ficaram feridas. Pelo menos 8 americanos morreram, embora o número de mortos tende a aumentar. Em mensagem divulgada por e-mail na segunda - feira, pela revista saudita Al Majalá, o novo porta voz da Al Qaeda, Thabet Ben Qaiss, disse que a organização estava pronta para atacar os EUA e seus aliados com força total. A operação coincidiu com a véspera da ida a Riade do secretário de estado americano Colin Powell, que posteriormente chamou “um ato covarde” aos atentados. O ataque terrorista foi bem planejado pelos membros da Al Qaeda depois de meses de planeamento, durante o qual as autoridades da Arábia Saudita indigitaram os nomes de 19 suspeitos. A organização mesmo com a detenção e a morte de seus membros, e a constante perseguição dos soldados americanos no Afeganistão, não abalou a estrutura e as finanças do grupo terrorista, como previa as autoridades americanas, o que não surpreende, dado as ações recentes dos EUA na região, na guerra assassina contra o Iraque.

O certo é que os ataques terroristas vão continuar, assim como a política externa grosseira do presidente americano George Bush, que alimenta o terror e a intolerância no Oriente Médio numa visão nublado e quixotesco na sua cruzada contra o Infiel. O total descaso dos líderes americanos com a situação na Palestina, os massacres praticados pelos israelenses nos territórios ocupados, principalmente na faixa de Gaza, e a agravante guerra no Iraque, é um combustível para os grupos terroristas islâmicos, que começam a perguntar, qual é a diferença entre um palestino ou iraquiano morto por um soldado israelense ou um militar norte-americano, ou estes militares mortos por um bombista suicida? Hoje, não é apenas os grupos terroristas que odeiam os EUA, mas a população árabe de países considerados aliados é hostil aos americanos; essa atitude ampliou-se, quando no ano 2000 os EUA, ajudaram os israelenses a reprimir a segunda Intifada Palestina. Uma prova convincente sobre essa questão, é que a maioria das nacionalidades dos terroristas nos ataques realizados contra os EUA em 11 de setembro de 2001, eram provenientes da Arábia Saudita, contrariando as perspectivas das autoridades americanas, que davam quase certo o envolvimento de : Palestinos, Libaneses, Iranianos, Iraquianos, Sírios.( Países e população hostil aos EUA).

As constantes ameaças e intimidações explícitas contra o Oriente Médio por parte dos EUA está gerando um ódio para um país que " Trava uma luta contra o Terrorismo" mas utiliza esta mantra para declarar a querra a todos os países que são considerados inimigos de Washington, ou seja, o clique de companhias que gravita a volta da Casa branca e forma a política externa do país. Os EUA estão a colher as flores que semearam com sua arrogância e beligerância, que favoreceram acima do debate, diálogo e discussão, os verdadeiros fundamentos da democracia. Michelle MATOS PRAVDA.Ru BRASIL

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