O presidente dos EUA, George W. Bush, tentou aproveitar ontem o clima de patriotismo do feriado do Dia da Independência dos EUA para ressuscitar o apoio à guerra no Iraque, reafirmando que os soldados norte-americanos não vão abandonar o solo iraquiano enquanto a missão não estiver concluída.
Algo que contrasta - embora não muito - com as declarações do seu aliado incondicional na aventura iraquiana, o primeiro-ministro Tony Blair, que também ontem afirmou a disposição para reduzir, significativamente, o contin gente de 8000 soldados britânicos "Creio que, nos próximos 18 meses haverá, obviamente, oportunidades para reduzir de forma significativa o número de militares britânicos, porque aumentará a capacidade das forças iraquianas", referiu o primeiro-ministro perante a Comissão de Ligação da Câmara dos Comuns, composta pelos presidentes de todas as comissões parlamentares.
Para Bush, no entanto, qualquer calendário para a retirada "seria um erro terrível", disse Bush a mais de 3 mil militares na sede da famosa 82.ª Divisão Aérea e do Comando de Operações Especiais do Exército dos EUA. O presidente reiterou que baseará a retirada nas "recomendações ponderadas dos nossos comandantes militares." O que já ocorreu, porém. O general dos fuzileiros Peter Pace, o maior assessor militar de Bush no cargo de chefe do Estado-Maior, disse também ontem que o Setembro poderia ser uma data "razoável" para começar a transferir mais responsabilidade para as forças iraquianas.
Mas Bush garantiu que não irá "permitir que o sacrifício dos 2527 soldados (norte-americanos) que morreram no Iraque tenha sido em vão, retirando as tropas", advertindo-os de que enfrentarão mais "combates duros e mais sacrifício". "Jamais recuaremos. Jamais cederemos e jamais aceitaremos nada menos do que a vitória completa", afirmou.
Segundo "Jornal de Notícias"
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