O presidente boliviano proclamou, ontem, uma "grande vitória" do seu partido, o Movimento para o Socialismo (MAS), nas eleições legislativas de anteontem, em que também foi votado o projecto autonómico daquele país. Evo Morales afirmou que obteve mais de 60% dos votos para a Assembleia Constituinte (AC), mais 6% dos 54% obtidos nas presidenciais do passado mês de Dezembro.
Porém, a Comissão Nacional de Eleições boliviana, na sua página da Internet, ainda não tinha dado por concluída a contagem da votação. O seu presidente, Salvador Romero, admitiu que só hoje se saberá, em rigor, os números que levam Evo Morales a garantir ter obtido "uma tripla vitória" nas eleições de anteontem; pessoal (mais votos que nas presidenciais), legislativa (maioria absoluta) e no chumbo à proposta autonómica.
Morales, antigo dirigente dos plantadores de coca, está convencido de que obteve a maioria parlamentar para realizar "as reformas profundas" do programa com que admite "refundar" a Bolívia, o mais pobre país da América do Sul.
O MAS de Morales tinha conquistado a maioria absoluta nas eleições de domingo, quando estavam contados os votos de 92,5% das mesas de voto, obtendo 135 dos 255 deputados da AC. A segunda força mais votada, do antigo presidente Jorge Quiroga, conquistou 63 deputados.
O presidente boliviano congratulou-se, também, com a vitória do "Não" à reforma regional também votada. Morales não queria essa reforma e aplaudiu o voto dos bolivianos 54% votou "não; 46%, "sim".
Guilhermo Vilela, presidente da Assembleia dos Direitos Humanos na Bolívia, espera que a AC seja agora "palco de unificação do país e não de deputados que se insultam".
Segundo "Jornal de Notícias"
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