De acordo com novo estudo, alguns tatus e pessoas com lepra no sul dos Estados Unidos estão infectados com a mesma estirpe bacteriana. Isso sugere que a doença, que causa lesões cutâneas e eventuais danos aos nervos, pode passar entre espécies, embora essa circunstância pareça ser rara.
A descoberta ofereceu aos cientistas uma nova maneira de pensar sobre como a hanseníase pode persistir no ambiente. E ajuda a explicar como algumas pessoas contraem a doença, especialmente se nunca viajaram para fora dos Estados Unidos, relata a WebMD.
"Uma preponderância de evidências mostra que as pessoas contraem a lepra desses animais", disse Richard W. Truman, diretor de microbiologia do National Hansen's Disease Program em Baton Rouge e autor principal de um artigo que detalha a descoberta no New England Journal of Medicine.
Até agora, os cientistas acreditavam que a lepra era transmitida apenas de humano para humano. Todos os anos, cerca de 100 a 150 pessoas nos EUA são diagnosticadas com a doença, também conhecida como Doença de Hansen. A maioria desses casos está no Texas e Louisiana, onde também vivem tatus infectados pela hanseníase.
Agora, disse Truman, "somos capazes de fornecer um elo".
A hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, uma prima do micróbio que causa tuberculose. Pessoas com hanseníase desenvolvem lesões na pele; casos graves podem causar danos aos nervos ou desfiguração nos membros, de acordo com o Los Angeles Times.
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