A afronta de Rui Rio ... aos Açores
Ou, do PSD Português ao seu Consulado (representante institucional nos Açores) PSD-A
Enquanto os açorianos não tiverem a verdadeira "coragem" de tomarem a divisa que nos deixaram de "antes viver livres que em paz sujeitos", continuarão a ser considerados, o que Alexandre Gaudêncio agora descobriu, aquela de "portugueses de segunda".
Chegou o momento da "cabala" o ocultismo gerado à volta do candidato do PSD-A ao Parlamento Europeu nas Eleições que se aproximam, ser anunciado pelo todo poderoso líder do PSD-P (sim P de português).
Para o mesmo, (Rui Rio) que sempre acompanhado do seu sorriso matreiro todas as vezes que tal situação se apresentava, dava umas desculpas esfarrapadas e ardilosas como lobo matreiro à entrada da sua toca, espreitava o momento de dar o golpe fatal na sua ingénua vítima.
De nada serviu a tentativa de sedução do PSD-A aquando da luta de galos protagonizada por Luís Montenegro/Rui Rio pela luta do poleiro, na qual, o anunciado candidato às eleições para o PE pelos sociais democratas açorianos indicavam, Mota Amaral, foi um dos apoiantes em Congresso do Sr. que agora o descarta.
Como era de esperar, confirma-se a não presença, de um candidato social democrata açoriano na lista apresentada pelo PSDP entregando-se os interesse dos Açores à candidata madeirense que não desfazendo, até é muito natural que não conheça os Açores nem se identifique com a "açorianidade" a qualidade própria do que é ser açoriano, do nosso carácter especifico, cultural e histórico (porque queiram ou não queiram os DDT (os donos disto tudo) como nos habituamos a adjectivar os governantes portugueses, nós somos donos de uma História que nos é pelos mesmos impedida de ser ensinada nas nossas escolas. Como pode alguém que não nascido nestas Ilhas de Bruma, ter sentimento de amor ou de grande afeição pelos Açores.
Só açorianos como Natália Correia, Victorino Nemésio, assim como muitos outros vultos da nossa cultura, o souberam mostrar e transmitir ao mundo em nosso nome, os sentimentos que acima nos referimos.
Tal comportamento fundamentado em tácticas político-partidárias de um "narcisismo nacionalista" com requintes colonialistas, levam a ter a certeza de que os políticos portugueses têm uma ideia redutora da grandeza dos Açores e no seu peso a nível mundial. Por alguma razão vemos muitos olhos postos nestas nossas, mas muito nossas ilhas atlânticas.
Os do PSDP tentam com a não inclusão de açorianos nas suas listas às eleições para o Parlamento Europeu fazer ignorar a relevância do papel histórico que os Açores têm vindo a ter na construção das Regiões Ultraperiféricas no seio da União Europeia, escamoteando a dimensão atlântica e estratégica que os Açores conferem a Portugal e que, o poder nele instalado procura sonegar a quem os mesmos negam reconhecer como Povo.
Naturalmente que desconsiderado o PSDA, e nomeadamente João Bosco Mota Amaral, ferido na sua histórica vida política, muito mais foi vilmente afrontado o Povo açoriano independente das suas ideologias políticas.
A Alexandre Gaudêncio resta-nos dizer que não basta a meia voz dizer o "antes morrer livres do que em paz sujeitos" Há que mostrar aos senhores do Portugal por eles chamado de Continente, a "tempera" a força, o vigor, a integridade, a austeridade de princípios dos açorianos (para ele em particular - dos ribeira-grandenses em especial)
Se Rui Rio e os seus seguidores, na oposição já fazem aos Açores o que estão a fazer, imaginemos quando chegarem ao poder.
A nós, Açorianos só nos resta dar a resposta adequada, na exigência do respeito que merecemos lutando por uma revisão constitucional que corrija o termo de Estado Unitário, liberte os açorianos de criarem os seus próprios partidos de exclusivo ADN açórico, sejam eles de índole, regional, separatista ou independentista.
É da nossa História - os açorianos, sempre se sentiram desconfortáveis dentro do «reino» que os explorava e os espezinhava, e sempre aspiraram a serem donos do seu próprio destino. Não é por milagre que a divisa e o slogan - «LIVRE ADMINISTRAÇÃO DOS AÇORES PELOS AÇORIANOS». surge no tempo. A nossa aspiração autonomista e até independentista não é de hoje já vem de longe. É parte da nossa História.
Por hoje terminamos assim: se esta gente na oposição já trata os Açores assim, imaginem quando chegarem ao poder.
José Ventura
2019-03-15 Ribeira Seca RGR
O autor não respeita o acordo ortográfico
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