Madeleine McCann : Detetives britânicos falam de falta da experiência da PJ

No programa, intitulado "Procurando Madeleine" produzido para o programa Dispatches, do Canal 4 da TV do Reino Unido um grupo de investigadores profissionais britânicos afirmaram que a forma como a polícia portuguesa conduziu o desaparecimento de Madeleine McCann denota falta de experiência, informa a Lusa.

A análise da investigação portuguesa foi feita por uma equipe enviada a Portugal e liderada pelo superintendente-chefe Chris Stevenson, que dirigiu a investigação do homicídio das meninas Holly Wells e Jessica Chapman, na localidade de Soham, no Reino Unido, em 2002.


Com Stevenson - atualmente aposentado da polícia britânica e que exerce funções de consultor -, passaram uma semana em Portugal um especialista forense, um especialista em comunicação com a mídia, um perito em segurança e um psicólogo forense.

"Eles tentam ser justos, porque a polícia portuguesa não tem muita experiência em casos deste gênero, mas notam que [os policiais portugueses] não fizeram algumas coisas que deveriam ter feito", adiantou nesta quinta-feira à Agência Lusa um porta-voz do canal de televisão.
O exame foi realizado com base em dados recolhidos através de testemunhas locais e na leitura de detalhes dados pela mídia, já que o acesso ao dossiê não é permitido porque a investigação judicial ainda está em curso.

"O programa não chega a conclusões, antes lança mais dúvidas e questiona a forma como a polícia portuguesa atuou e como a investigação teria sido feita no Reino Unido", assinalou o mesmo porta-voz.

"Mas o principal resultado foi tentar distinguir os fatos da especulação feita pela imprensa", destacou.

Recentemente, o caso foi alvo de um comentário polêmico da recém-premiada com o "Booker Prize", a irlandesa Anne Enright, que escreveu na revista London Review of Books que "detestar os McCanns é um esporte internacional".

"Eu não simpatizei com os McCanns antes da maioria das pessoas. Achei que estava com raiva deles por terem deixado seus filhos sozinhos", escreveu a irlandesa."Mas na verdade, estava com raiva por eles não aceitarem que a filha provavelmente estivesse morta", continua, num longo artigo escrito antes de receber o "Booker Prize", na terça-feira, mas só agora divulgado.

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