Programa federal realiza pesquisa para políticas de segurança alimentar

“Estamos iniciando uma pesquisa nos 10 Estados do semi-árido brasileiro (os Estados nordestinos mais Minas Gerais). Nosso objetivo é obter dados que respaldem políticas públicas do governo federal para segurança alimentar e nutricional”.

Linhares explica que são políticas complementares, mas distintas. “Segurança alimentar significa acesso aos alimentos, enquanto que segurança nutricional refere-se a qualidade dos alimentos consumidos pelas famílias”, diz.

Mudanças

A pesquisa será realizada por 2.400 jovens bolsistas. O governo federal, através do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, contratou e capacitou os bolsistas para a aplicação do questionário relativo à pesquisa. No entanto, cientistas sociais da Universidade de Campinas, promoveram algumas modificações no questionário, suprimindo algumas questões e acrescentando outras. “Vim explicar as modificações e dar as últimas instruções antes do início dos trabalhos”.

O trabalho de investigação, cujo nome oficial é “Pesquisa Domiciliar de Segurança Alimentar”, será realizado junto às famílias que recebem a Bolsa-Família. Entretanto, de acordo com Linhares, “nem todas as famílias serão visitadas. Usaremos o método estatístico de amostragem, o que significa que algumas famílias serão visitadas, e os dados, extrapolados para o conjunto da população”.

As novas políticas a serem elaboradas a partir dos dados obtidos pretendem auxiliar as famílias carentes a transitar da miséria para a cidadania. Sobre as críticas que o programa de segurança vem recebendo, de que seria uma medida meramente assistencialista, Linhares reconhece que essas críticas, em parte, procedem.

“Já se gastou muito dinheiro público à toa neste país”, polemiza. “Mas os críticos precisam entender que a fome que atinge milhões de brasileiros é emergencial. Daí a Bolsa-Família, para a aquisição de alimentos”. A diferença do Fome Zero para programas anteriores de combate à miséria, é que atualmente se exige uma contrapartida dos beneficiários. “As crianças têm que freqüentar a escola, os pais devem assistir cursos e palestras”.

Importantes também, na visão do coordenador, são as políticas estruturantes, aplicadas durante a distribuição da Bolsa-Família. “Temos parcerias para a aplicação dessas políticas, que se traduzem em projetos agrícolas, de habitação popular, de saneamento, todas com um objetivo maior: a geração de trabalho e renda”, conclui.

PT

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