Mínimo: governo e centrais perto do acordo

Em reunião encerrada na tarde desta quarta-feira (11), o governo federal propôs que o mínimo seja reajustado para R$ 350 e que a tabela do Imposto de Renda seja corrigida em 7%. Os ministros presentes afirmaram que este é o limite.

As centrais apresentaram uma contraproposta, aceitando o acordo em torno dos R$ 350, desde que o reajuste vigore a partir de março, dois meses antes do período tradicional. As centrais também reivindicam que os futuros reajustes, a partir de 2007, passem a vigorar em janeiro, já como parte integrante de uma política permanente de valorização do salário mínimo.

Diante da contraproposta, os ministros decidiram agendar um novo encontro com as centrais no próximo dia 19, às 11h. Nesse mesmo dia, há a expectativa de uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, às 16h. Segundo os sindicalistas, os ministros avaliaram que a proposta das centrais, por ser nova, precisa ser melhor analisada pelo governo.

Antecipação

“A contraproposta apresentada pelas centrais de antecipar o pagamento já em 2006, para o mês de março, significa dinheiro mais cedo no bolso do trabalhador. Ao mesmo tempo, estabelecer janeiro como período dos reajustes anuais é um avanço, pois além de o assalariado ter acesso ao reajuste desde o início do ano, a mudança do calendário vai exigir que o aumento seja discutido e decidido durante a elaboração da proposta orçamentária, o que impedirá qualquer tipo de malabarismo no Congresso Nacional, que tem atualmente quatro meses, entre janeiro e abril, para fazer proselitismo e demagogia em torno do tema”, avalia o presidente nacional da CUT, João Felício.

Os ministros que participaram da audiência foram Luiz Marinho, do Trabalho, Nelson Machado, da Previdência, e Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência. A CUT esteve representada por João Felicio, Artur Henrique da Silva Santos, secretário-geral, Rosane da Silva, secretária de Políticas Sindicais, e Gilson Reis, diretor executivo.

Valorização

Durante a reunião desta quarta-feira, o ministro do Trabalho voltou a afirmar que ainda este ano estará pronta a proposta de política de valorização permanente do salário mínimo, tarefa atribuída a uma comissão quadripartite.

Já a proposta de correção da tabela do IR só foi apresentada pelo governo após terminada a discussão em torno do reajuste do mínimo.

Os 7% representam pouco mais da metade do resíduo de inflação acumulada entre janeiro de 2003 e dezembro de 2005, de 13%. O governo corrigiu a tabela em 10%, em 2004. Já o reajuste do mínimo para R$ 350 representaria 12% de aumento real.

CUT

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