É o que revela o resultado da pesquisa Ibope, divulgada na terça 23, ao apontar que a confiança dos entrevistados em Lula caiu. Em junho, 56% confiavam no presidente. Em julho, 53%. Agora em agosto, apenas 43%. Este é o terceiro levantamento realizado pelo Ibope depois do início da crise provocada pela divulgação das denúncias de corrupção e como se vê a queda vem gradativamente se acentuando.
Em contra-partida, o índice de intenções de voto está aumentanto para a senadora Heloísa Helena. Na chamada pesquisa espontânea, modalidade em que não é de antemão apresentado aos entrevistados os nomes dos eventuais candidatos, Heloísa aparece com 13% entre os que têm renda familiar acima de 10 salários mínimos e com 11% entre os que detém de 5 a 10 salários.
A pesquisa revelou ainda que o índice de desaprovação do governo aumentou. Outro dado relevante é a nova projeção do quadro eleitoral para 2006. Caso as eleições fossem hoje, o presidente Lula perderia para o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), num eventual segundo turno.
A pesquisa realizada entre os dias 18 e 22 de agosto, com 2.002 entrevistados, também perguntou quem é o maior responsável pela crise. Para 29%, o PT é o maior culpado; 28% responsabilizam os deputados; 22% Lula; 19%, os partidos aliados - PL, PP e PTB. E 16% culpam o sistema eleitoral.
Os números que foram revelados por essa pesquisa, comprovam a teoria de que só agora a população está realmente tomando conhecimento das denúncias que pesam sobre Lula e se conscientizando da gravidade delas.
A pesquisa mostrou que em relação à avaliação do governo, os números apontam que agora 29% dos pesquisados o consideram ótimo ou bom, contra os 36% de julho e os 35% de junho. A avaliação regular passou de 41% (junho) para 40% (julho), chegando agora a 38% dos consultados. Em junho, 22% consideravam o governo ruim ou péssimo, subindo para 24% em julho e 31% em agosto.
Outro item que apresentou declínio no mês de agosto foi a aprovação do governo, que baixou para 45% em agosto, em relação aos 54% verificados em julho, e os 55% em junho. O grau de desaprovação subiu de 38%, em junho e julho, para 47%.
A pesquisa foi realizada em 143 municípios do país. A margem de erro prevista é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
P-SOL
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