Trata-se da estratégia de Desenvolvimento Regional Sustentável - DRS, lançada há cerca de dois anos. De lá para cá, foram programados R$ 121,7 milhões em créditos para apoio a mais de 50 atividades produtivas. O montante relativo aos Planos de Negócios DRS aprovados em 2005 cresceu 254% em relação ao do ano anterior. Além da viabilidade econômica, essa proposta busca promover o desenvolvimento e gerar trabalho e renda, considerando as variáveis de inclusão social e preservação ambiental, além de respeitar a diversidade cultural de cada região beneficiada.
Conforme o responsável pela Gerência de Desenvolvimento Regional Sustentável do Banco do Brasil, Edson Corrêa, o diferencial da estratégia é a construção de parcerias capazes de aliar o fornecimento do crédito com a estruturação da atividade produtiva. "Para que o empreendimento seja bem sucedido, além do crédito, outras questões precisam ser enfrentadas nos campos da capacitação do produtor e do acesso às tecnologias adequadas. É preciso resolver problemas de infra-estrutura de apoio à produção e de organização das relações no universo das atividades produtivas para alcançar-se o desenvolvimento", explica.
As atividades de fomento do Banco do Brasil no âmbito dessa estratégia específica envolvem hoje mais de 51 mil famílias brasileiras, contribuindo para o crescimento da economia de 1.100 municípios. Para que isso fosse possível, a instituição treinou 3.100 funcionários de agências espalhadas por 24 estados. São eles que identificam as atividades potencialmente viáveis e que promovem um mutirão visando unir os diferentes agentes, públicos e privados, em torno do objetivo comum que é a melhoria das condições de vida da comunidade. Para que o BB aprove o empreendimento, é necessária a realização de um plano de negócios elaborado por uma equipe de trabalho composta por funcionários do banco, produtores e parceiros (Sebrae, órgãos de governos, organizações não governamentais, movimentos sociais, etc).
O Banco também acompanha os resultados da atividade conforme os objetivos estabelecidos em cada plano. Um dos focos da estratégia é o fortalecimento da agricultura familiar em locais onde se verifica pouca ou nenhuma organização da atividade produtiva. São comunidades que não dispunham de estruturas associativas, como as cooperativas, por exemplo. "Hoje já ouvimos o produtor falar em design, melhoria da produção e estudos de mercado. São conquistas importantes para que ele mantenha sua atividade e tenha oportunidade de crescer cada vez mais", diz Edson.
Os cultivos de sisal, mamona, palma e frutas, bem como o artesanato, entre outras atividades, são desenvolvidos graças a tecnologias que agregam valor ao produto, propiciando rentabilidade crescente e aumento da qualidade da produção. Um exemplo é a extração da borracha em seringais na Ilha de Marajó (PA). O manejo sustentável aliado ao uso de técnicas mais modernas fez o preço da borracha subir de R$ 1,30 para R$ 4,30. O produto é vendido para um grande fabricante de pneus. Outro caso de destaque é o do açaí produzido em Igarapé-Mirim, no interior do Pará. Com as melhorias na produção e o acesso direto aos mercados, a lata de 14 litros do produto, antes vendida a R$ 0,50, custa agora R$ 5,10. O produtor vende para a cooperativa dos produtores que, com o apoio da Fundação Banco do Brasil - FBB, montou uma unidade de processamento da polpa do açaí. Do Pará, o produto segue para outros estados brasileiros e para a Califórnia, nos Estados Unidos. O apoio à exportação é outro serviço que o Banco do Brasil oferece aos produtores.
A castanha de caju, o açaí e o artesanato das bordadeiras do Seridó (RN) são alguns dos artigos incluídos no balcão de comércio exterior do BB. Segundo Edson Corrêa, a Estratégia de Desenvolvimento Regional Sustentável busca, além de estruturar a produção, criar e manter um padrão de qualidade para a conquista dos mercados interno e externo. Edson explica ainda que a estratégia começa neste semestre a ser estendida às áreas urbanas das regiões já beneficiadas. A idéia é apoiar negócios também nos setores de comércio, serviços (turismo) e indústria.
Projetos
A Estratégia de Desenvolvimento Regional Sustentável apóia mais de 50 atividades produtivas, dentre elas: fruticultura, ovinocaprinocultura, mandiocultura, apicultura, artesanato e horticultura. Um desses projetos é desenvolvido em Caicó, a 269 Km de Natal (RN). No município, registrou-se incremento da renda de 200 famílias. Elas estão sendo apoiadas por meio de treinamento em exportação, instalação de sala de informática e participação em feiras, entre outras ações. Já em São Luiz (MA), o projeto da agência Calhau está aprimorando a atividade de 600 feirantes. Com recursos previstos de R$ 2,2 milhões, os trabalhadores estão estruturando feiras, financiando um abatedouro para pequenos animais e sendo treinados em gestão, associativismo e cooperativismo.
Em Icoaraci, 75 famílias ampliam a tradicional atividade do artesanato em cerâmica marajoara e tapajônica. No distrito localizado a 30 km de Belém, o Banco do Brasil está apoiando a instalação de uma central de processamento da argila e promovendo treinamento em gestão financeira, entre outras ações compartilhadas.
Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da República
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