Uma primeira questão internacional que estará sobre o tapete deste Fórum é a guerra do Iraque. O triunfo de Bush aprofunda as contradições em seu conjunto, em particular com os povos do Oriente Médio, o que também pode significar uma retomada das mobilizações do movimento antiguerra que esteve em compasso de espera devido ao resultado eleitoral dos EUA.
Esta luta contra a política imperialista no Iraque tem que ser o eixo mais global e internacional deste FSM. O movimento antiglobalização é hoje o movimento antiguerra. Tal perspectiva se reforça com a continuidade da ocupação no Iraque, às agressões ao povo palestino e as novas ameaças ao Irã.
Na América Latina estarão postas uma série de lutas: contra a dívida externa, contra o FMI, contra a ALCA e o Plano Colômbia. Também se expressará a contestação e repúdio à política do governo de Lula para o Haiti, em particular agora, quando o Exército brasileiro já está cumprindo o papel de repressor das mobilizações dos partidários do presidente deposto pelo golpe imperialista.
Os esforços para que continuem as mobilizações e coordenações antiimperialistas e contra a guerra se desenvolverão especialmente nas reuniões dos movimentos sociais que ocorrerão durante os eventos do FSM. O P-sol estará presente nas reuniões dos movimentos sociais para que tirem algumas resoluções progressivas frente à guerra de Bush. É possível que surja uma nova mobilização mundial na mesma data como foi em 2003.
Luciana GENRO
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