Os eventos no dia 6 de Outubro tiveram sequelas profundas na sociedade guineense, pois puseram mais uma vez em questão a nossa capacidade, se conseguimos viver como uma nação ou apenas como um conjunto de tribos.
Por isso na Assembleia Nacional Popular esta semana se realizou um debate urgente sobre a situação no país. Neste debate, os intervenientes chegaram a várias conclusões: os políticos fomentam o tribalismo para ganharem apoios; os golpistas terão de ser julgados antes de saberem se há amnistia e a posição do PRS relativamente à vinda duma comissão da CPLP é absurda.
Afinal, que tipo de porcaria é esse PRS, que afirma que a vinda duma missão da CPLP é uma invasão? Onde estaria o nosso país sem a CPLP?
Tomane Camará (deputado independente) disse durante o debate que Guiné-Bissau precisa de combater o hábito de impunidade. Quem luta para a união sempre ganha, enquanto aquele que luta para a divisão perde, disse o deputado.
E tem razão. Neste momento precisamos de juntarmos para forjar aquilo que é nossa nação, independente e autónomo. Não é por dividirmos em 18 facções é que vamos resolver as questões que nos dividem.
Se bem que é preciso seguir a vontade dos guineenses para resolvermos os problemas, também é verdade que temos dado sinais bem negativos à comunidade internacional nos últimos tempos, por termos partido parte da infra-estrutura do país em guerras e querelas.
Porém, o facto que não tivemos uma guerra civil per se é testemunho que os guineenses têm uma grande maturidade política. Pena é que a classe governativa às vezes não a tem.
Djibril MUSSA PRAVDA.Ru GUINÉ-BISSAU
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