A greve nacional dos bancários, iniciada no último dia 15 de setembro e a greve dos metalúrgicos do ABC paulista que se inicia no dia 20, ao lado das greves do setor público que se estendem há mais de 100 dias, como a dos trabalhadores do Judiciário do Estado de SP e dos servidores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, são evidentes demonstrações de que cada vez mais os trabalhadores rechaçam a política de arrocho salarial que vigora em nosso país. A política do governo Lula, de subordinação ao mercado financeiro e ao FMI, está na raiz dessa situação. O arrocho nos salários tem sido uma das âncoras da política econômica. Não é por acaso que as greves, por razões salariais e por manutenção de direitos trabalhistas, são cada vez mais comuns tanto entre os trabalhadores do setor público como do setor privado. Não é por acaso que os bancários dos bancos federais (que têm o governo Lula como patrão) estão unificados na greve com os bancários dos bancos privados (que têm os Itaus, Bradescos e bancos internacionais como patrões). Aqui fica evidente que a unidade dos trabalhadores se contrapõe à unidade do governo Lula com os banqueiros. Enquanto o governo federal e os governos estaduais submetem seus orçamentos aos ajustes do FMI e à remuneração ao mercado financeiro através dos juros da dívida, os banqueiros lucram bilhões com essa ciranda e ainda maior é esse lucro devido a manutenção de um insultante arrocho nos salários dos trabalhadores bancários. Assim, manifestamos nosso irrestrito apoio às greves e reivindicações dos trabalhadores bancários, metalúrgicos, servidores do poder judiciário e das universidades. Somos convictos de que todos os setores combativos da classe trabalhadora devem apoiar estas mobilizações e solidarizar-se a elas. Nesse sentido, iniciativas como a do MST, que tem participado de piquetes da greve bancária no interior do Estado de São Paulo, são um exemplo prático da solidariedade necessária. Rechaçamos medidas repressivas e punitivas de qualquer espécie contra os grevistas, com especial destaque repudiamos a repressão militar selvagem do governo Rosinha contra os grevistas da UERJ no último dia 16. Por fim, nosso apoio e solidariedade se traduz também no empenho ativo dos nossos militantes que fazem parte das categorias em luta para ajudar na vitória dessas mobilizações. 19 de setembro de 2004 Comissão Executiva Nacional do Partido Socialismo e Liberdade (P-SOL)
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