Há fome em Moçambique

Mas há outro lado da moeda. Se bem que Moçambique tenha feito muito progresso nos últimos anos, principalmente depois da instauração da estabilidade política na sequência dos acordos da paz, ainda há muito a fazer e é bem que todos se lembrem que ainda há fome em Moçambique.

Fome, na África, não é necessariamente resultado de incompetência, falta de organização e falta de preparação. As distâncias a percorrer, as faltas de meios, as condições climatéricas, com inundações e secas a seguirem-se ciclicamente, os problemas de competitividade impostos aos agricultores africanos pela OMC, que dá subsídios aos da casa e impõe tarifas nas importações, nada ajudam.

As indicações do Programa Alimentar Mundial apontam para 200.000 pessoas com necessidade urgente de ajuda alimentar em Moçambique nos próximos meses.

“202.000 pessoas são vulneráveis à insegurança aguda alimentar. Destas, 108.000 precisam de apoio de emergência até a próxima colheita. Os restantes 94.000 estão em risco e podem precisar de ajuda alimentar a partir de Outubro”.

Mais uma vez, o norte do país teve uma colheita razoável, enquanto as chuvas no sul e no centro criaram problemas graves em certas áreas, onde a colheita foi destruída pela intempérie.

Bento MOREIRA PRAVDA.Ru MAPUTO MOÇAMBIQUE

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