O ministro da Casa Civil, José Dirceu, disse nesta quarta-feira que o governo vai investir neste ano três vezes mais do que investiu em 2003. Segundo ele, os recursos estão garantidos no Orçamento da União para 2004 e no acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional). “O país vai fazer investimentos em habitação, saneamento, rodovias, ferrovias, hidrovias. E nós vamos aprovar tanto o modelo do setor elétrico como o das agências reguladoras, além da parceria público privada”, garantiu.
De acordo com José Dirceu, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal têm orçamentos consistentes para dar suporte aos investimentos, mesmo que seja necessário um contingenciamento dos recursos previstos no Orçamento. “Independente da discussão se vai ou não haver contingenciamento, o país tem condições de crescer e o poder público vai fazer seu papel”, ressaltou.
O ministro observou, no entanto, que o papel mais importante para o crescimento da economia cabe ao setor privado e aos investimentos externos. “As contas externas do país estão em uma posição privilegiada, os juros são os mais baixos dos últimos nove anos, portanto as condições para o crescimento estão dadas. O que nós não podemos aceitar é o início de uma remarcação de preços, de uma corrida para aumentar os lucros, o que é uma visão de curto prazo. O país precisa de investimentos, precisa de um aumento da demanda, nós temos que perseguir o aumento do emprego e da renda”, afirmou.
O ministro confirmou a realização da primeira reunião da nova equipe ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 6 de fevereiro. No encontro serão definidas as prioridades de cada ministério para 2004. “No dia 6, nós vamos já iniciar a implantação dessas prioridades”, afirmou.
José Dirceu participou, no final da manhã, da solenidade de instalação da Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais e da posse do ministro Aldo Rebelo. A secretaria é um desmembramento das funções da Casa Civil, que agora fica encarregada de gerenciar as ações dos ministérios. Ao transmitir parte de suas funções a Rebelo, Dirceu afirmou que a coordenação política está em “boas mãos”.
Partido dos Trabalhadores
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