Em vez de concentrar na situação macro, nomeadamente o crescimento de Moçambique depois de uma década de paz, a imprensa internacional decidiu focar em situações micro, alguns pormenores sobre o registo para as eleições municipais.
Frases como processo cheio de problemas não reflectem a verdade: sim, há problemas pontuais mas não se deve esquecer que Moçambique foi anfitrião da Cimeira da União Africana e que não é uma república das bananas.
As eleições municipais estão agendadas para dia 19 de Novembro. Porém, há alguns problemas no registo dos candidatos e porque ainda não foi finalizado o Conselho Constitucional para supervisionar o voto, diz-se que não há organismo para gerir o processo.
No entanto, sob a Constituição de Moçambique, o Supremo Tribunal está competente para julgar estes casos e se este não é um organismo competente, o que será? A acrescentar, este Conselho (que será composto por cinco elementos: dois da FRELIMO, um da RENAMO, um pelo Presidente Chissano e o quinto eleito por estes quatro) não é a Comissão Nacional das Eleições, que existe e está a funcionar em pleno.
Esta Comissão está a colocar sob escrutínio os documentos apresentados pelos candidatos às Presidências das Câmaras. É nessa área que se tem registado alguns problemas no preenchimento dos documentos, porque os partidos mais pequenos reclamam que a eles não foi dado tempo extra para corrigir irregularidades, mas que foi dado aos dois partidos maiores. No entanto, é um pormenor. O país está em paz, o PIB está a aumentar e o povo moçambicano vive cada vez melhor.
Mais uma vez, o mundo gosta de ver na África uma espécie de fracasso, falhado, dependente. Mais uma vez, se vê que a opinião mundial sobre a África em nada corresponde à verdade mas sim dá força à noção de que a imprensa mundial e os formadores de opinião sobre este continente são nada mais nem menos do que uma cambada de lambisgóias.
Bento MOREIRA PRAVDA.Ru MAPUTO MOÇAMBIQUE
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