Nos últimos dias de novembro de 2010, os mais incrédulos devem admitir a realidade.
Existe uma guerra civil sendo travada no Rio de Janeiro. Em dezesseis horas, foram queimados doze carros e ônibus na cidade. Cabines da Polícia Militar metralhadas por bandidos organizados, que não estão dando tréguas ao vandalismo e ao combate armado.
"É o preço que se paga de ter afogado o tráfico", diz uma autoridade. Sem dúvida que é, mas não só isso.
O combate ao crime organizado obteve muito êxito nos dois últimos anos. É verdade que os policiais exageraram um pouco na dose indicada. Mataram demais, a chefia ficou desorganizada, o tráfico acuado e o crime voltou a ser como nos anos 50: assalto a motoristas de táxi, totalmente indefesos. Agora, a guerra aberta. Vítimas poucas, mas talvez por sorte.
Alguns asseguram que as ordens estão sendo dadas pelos chefões presos, no Paraná, inclusive. É possível. Mas se conhecem a origem, por qual motivo não silenciá-la?
O governo federal diz que as tropas da Força de Segurança estarem prontas para ajudar. O governador Sérgio Cabral recusa. Não sem motivo. A última vez que aqui atuaram, os policiais tinham mais medo de levar um tiro amigo, tão despreparadas são para o combate, do que levar um tiro de um marginal.
Em boa hora o povo ordeiro disse não aos covardes e pusilâmines defensores do desarmamento. O cidadão de bem, trabalhador e honesto, necessita de arma para defender sua residência. Não o revólver ou pistola, difíceis de uso com precisão, mas carabinas trinta e oito e espingardas calibre doze, de repetição. Este é um direito que não pode ser cerceado, dificultado.
É necessária lei federal que facilite aos extremos a compra destas armas, que devem ser mantidas em casa, sem qualquer restrição a quem provar não ter antecedentes criminais e trabalho certo.
Caso o governo não assegure tal fato plenamente, está jogando ao lado dos bandidos, o que não é nada impossível.
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Jorge Cortás Sader Filho é escritor
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