O Brasil terá de decidir se fecha um novo acordo com o FMI em outubro próximo, quando vence o acordo de R$ 30 bilhões assinado em 2002, na gestão de Fernando Henrique Cardoso.
Segundo Koehler, é o governo brasileiro quem deve decidir se pode sustentar a credibilidade ganha durante esta gestão com ou sem um novo programa de empréstimos. "Nós estamos prontos para ajudar", completou.
Ontem, em entrevista preparatória para o encontro anual do FMI e do Banco Mundial, o governo brasileiro já havia sido elogiado pelo economista-chefe do FMI, Kenneth Rogoff. Ele acredita que o mundo esteja aplaudindo o que tem ocorrido no Brasil, país que poderá ter, de acordo com o economista do FMI, problemas à frente e que possui uma dívida alta. "Mas tem havido evoluções animadoras, e o presidente Lula tomou decisões difíceis e corajosas", afirmou. Rogoff ressaltou ainda que o presidente formou uma equipe econômica "de primeira qualidade".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também abordou o assunto hoje, durante discurso em Feira de Santana (BA), onde foi participar da inauguração de uma fábrica da Pirelli. Segundo Lula, o governo está "à vontade" para fechar ou não um novo acordo com o fundo.
"Estamos tranqüilos para tomar uma decisão em função dos interesses eminentemente brasileiros. Não queremos fazer disso nenhum embate ideológico. Temos que analisar se [o acordo] compensa ou não. Se compensar, em que bases ele será negociado", continuou o presidente. Ele ressaltou ainda que o Brasil não está "com a corda no pescoço ou com uma espada na cabeça".
As conversas sobre o assunto serão retomadas durante o encontro que o minitro da Fazenda, Antonio Palocci, terá com Koehler durante a reunião anual do FMI, semana que vem, no emirado árabe de Dubai.
Partido dos Trabalhadores
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