Quando estamos iniciando esta série de artigos para o universo de leitores, especialmente em língua portuguesa, através da circulação compacta e dirigida do PRAVDA-RU, é importante que se fotografe as imensas potencialidades do Espírito Santo, um dos mais promissores Estados do Brasil, considerado uma nova fronteira da prosperidade nacional.
Para que se possa avaliar, realmente, as perspectivas da economia capixaba, em princípio vamos situar geograficamente o Estado no contexto do país. O Espírito Santo planta-se no centro geográfico da costa brasileira, tendo como limites os Estados de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro, representando uma posição locacional que representa 75% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, assentado, ainda, sobre um mercado de 65 milhões de consumidores.
Com um eficiente sistema de incentivos fiscais, uma logística efetivamente sustentada pelo seu complexo portuário e os acessos rodoviários e ferroviários que o colocam dentro do Planalto Central, sendo escoadouro natural de uma riquíssima região, oferece um custo-benefício que lidera o conjunto do país.
Sua marca de impulso está centrada hoje na sua eficiente logística de transporte, dentro de uma economia dinâmica integralmente articulada com o comércio exterior.
No conjunto de sua expressão industrial é de oportunidade destacar a Companhia Vale do Rio Doce, a Companhia Siderúrgica do Tubarão , a Aracruz Celulose, a Petrobrás que já aponta uma reserva de petróleo no Estado que atinge hoje cerca de 2,8 bilhões de barris e deverá atingir nos próximos anos a primeira posição em termos de reservas, face a que já ocupa a segunda posição, logo atrás do Rio de Janeiro.
O setor de mobiliário, de fruticultura, de sucos , de pescado, de café , de cacau, de mármore, granito e gás, ao lado do complexo portuário, com oito superportos e as estações aduaneiras impulsionam o processo de afirmação da economia estadual.
Para tentar traduzir a importância desta logística, basta afirmar que todo o complexo portuário capixaba se encontra em localização estratégica, articulado que está com uma rede de 10,4 mil quilômetros de ferrovias as mais importantes do país e 25 mil quilômetros de rodovias, alcançando com economicidade e segurança os maiores centros de produção e consumo do país. Sua importância como escoadouro natural se reflete nas suas mais recentes marcas 120 milhões de toneladas exportadas e no volume de suas importações que já estão na faixa dos 14 milhões de toneladas, detendo, portanto, respectivamente, mais de 45% das exportações brasileiras e 14% das importações do país.
Este é o Estado que acaba de ser visitado oficialmente pelo Embaixador da Federação da Rússia no Brasil, Sr. Vassili Gromov acompanhado pelo Secretário Geral da Embaixada, Sr. Vladimir Ilmetov, devidamente acompanhados dos senadores João Baptista Mota e Gerson Camata, além do Secretário de Estado do Desenvolvimento Júlio Bueno e do Sr. Gilberto Ramos , Presidente da Câmara de Comércio Brasil-Rússia.
É de relevância assinalar que os contatos estão cercados da melhor expectativa, numa troca de interesses que muito contribuirá para um redimensionamento das relações comerciais entre o Espírito Santo e a Rússia.
A comitiva visitou o pólo moveleiro, a indústria de sucos, as fábricas de celulose da Aracruz, o parque industrial do município da Serra , o complexo portuário do Estado e participou da abertura oficial da Feira do Mármore e do Granito, em Cachoeiro de Itapemirim, maior acontecimento do setor na América Latina.
Em termos oficiais a comitiva russa foi recebida pelo Governador do Estado, Sr. Paulo Hartung , pela Assembléia Legislativa, pelo Tribunal de Justiça, pelo Centro de Comércio do Café e em palestra de larga repercussão, no núcleo da Federação das Indústrias do E.Santo , quando foram analisados nos dois sentidos os interesses de importação e exportação , além, sobretudo, da perspectiva maior de uma possível associação de capitais e experiências russas, com a Petrobrás e o Espírito Santo, para viabilizar o projeto de implantação de uma grande refinaria de petróleo no Estado , com investimentos estimados em US$ 2,5 bilhões de dólares.
J.C.Monjardim Cavalcanti ([email protected])
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